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A libertação de dois policiais e um soldado sequestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em janeiro irá ocorrer a partir de quinta-feira e em duas fases.

A notícia foi confirmada hoje pelo representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Jordi Raich, a ex-senadora e dirigente da organização Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP), Piedad Córdoba, e o vice-ministro da Defesa, Jorge Enrique Bedoya, ao término de uma breve reunião em Bogotá.

Segundo explicou Raich, o CCP terá que indicar hoje ao CICV em que zona do país ocorrerá primeira fase da operação, e em seguida o organismo humanitário informará o Ministério da Defesa.

Desta maneira, as operações militares ficarão suspensas entre às 18h local (21h de Brasília) de quarta-feira e às 6h local (9h de Brasília) de sexta-feira, período no qual aconteceria a primeira fase da libertação.

Nenhum dos porta-vozes disse que reféns serão entregues a uma comissão formada pelo menos por quatro delegados do CICV e dois da CCP, nem onde vai acontecer cada libertação.

Piedad anunciou hoje que já tem em seu poder a região onde as Farc estão dispostas a entregar os reféns.

Raich disse que se a CCP não indicar no prazo fixado a informação sobre o local a operação terá que atrasar pelo menos um dia.

"Esse mesmo protocolo, que é o padrão de outras muitas libertações, como se conhece muito bem, se repetirá para sábado", disse Raich, ao acrescentar que "a princípio está previsto que a operação seja terrestre" e em dois veículos do CICV.

"Se a informação (da área em que se desenvolverá a segunda fase) for entregue na quinta-feira, a operação se realizaria no sábado", acrescentou Bedoya.

O processo do libertação dos dois policiais e um soldado coincide com a visita ao país do presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, que manteve uma reunião privada com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

As Farc sequestraram em janeiro os policiais Cristian Camilo Iate e Víctor Alfonso González, e o soldado Josué Meneses, e dias depois anunciaram que os libertariam sob a mediação do CCP e a coordenação do CICV.

A guerrilha encerrou em 20 de janeiro um cessar-fogo que anunciou unilateralmente em novembro, quando começaram as negociações de paz com o governo em Cuba.

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