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O alto comissário para a Paz da Colômbia, Iván Danilo Rueda, disse que o governo reconhece a “vontade de diálogo do ELN na busca da paz”
O alto comissário para a Paz da Colômbia, Iván Danilo Rueda, disse que o governo reconhece a “vontade de diálogo do ELN na busca da paz”| Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa

O alto comissário para a Paz da Colômbia, Iván Danilo Rueda, anunciou nesta sexta-feira (12) que o país vai tomar as medidas necessárias para retomar as conversas de paz com o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN).

Rueda fez o anúncio em Havana, para onde viajou na véspera com o ministro das Relações Exteriores colombiano, Álvaro Leyva, para explorar a possibilidade de reiniciar o diálogo com o ELN.

“Ambas as partes concordam sobre a necessidade de iniciar o processo de diálogo” para mostrar a “verdadeira vontade” do governo colombiano e do ELN de buscar a “paz total”, “estável, duradoura e sustentável”, disse Rueda.

O alto comissário enfatizou que o governo colombiano adotará “todas as medidas políticas e jurídicas” a fim de “garantir as condições” necessárias para o reinício das conversas.

Rueda acrescentou que a Colômbia “reconhece a legitimidade” da “vontade de diálogo do ELN na busca da paz” e que os guerrilheiros também estão ouvindo “as vozes de muitos setores da sociedade” que pedem o fim das hostilidades.

A viagem de Leyva e Rueda ocorreu depois de o novo presidente da Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro, afirmar no início da semana que tentará retomar as conversas de paz com a guerrilha e que seria decidido em breve se essas negociações continuariam em Cuba.

O diálogo entre o governo colombiano e o ELN começou em 2017 em Quito, durante o governo de Juan Manuel Santos, e em 2018 foi transferido para Havana, onde os principais líderes da guerrilha ainda estão baseados.

Porém, durante o mandato presidencial seguinte, de Iván Duque, ele foi paralisado após a exigência do governo de que o ELN liberte todos os reféns e renuncie a essa e outras atividades criminosas.

Após o ataque do ELN à Escola de Cadetes em Bogotá, em 2019, que deixou 22 mortos e 68 feridos, o governo colombiano pediu a Cuba que entregasse os negociadores que estão em Havana, mas o país caribenho invocou protocolos diplomáticos para não atender.

O ELN, que cresceu em força nos últimos anos, demonstrou em vários comunicados que, com Petro no poder, quer voltar à mesa de negociações com o governo.

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