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Dois helicópteros brasileiros que auxiliaram no resgate dos primeiros reféns das Farc continuarão ajudando na operação na selva colombiana | Luis Robayo/Reuters
Dois helicópteros brasileiros que auxiliaram no resgate dos primeiros reféns das Farc continuarão ajudando na operação na selva colombiana| Foto: Luis Robayo/Reuters

Bogotá - A Colômbia autorizou ontem a continuidade do processo de li­­bertação de dois militares se­­questrados pelas Farc, desde que haja garantias plenas de que eles serão entregues a uma missão humanitária. O ma­­jor da polícia Guillermo So­­lór­­zano e o suboficial do Exército Salín An­­tonio Sanmiguel deveriam ter sido entregues no do­­min­­­­go, mas aparentemente a guerrilha passou coordenadas erradas para o resgate.

"A primeira decisão é autorizar a continuidade do processo de libertação do major e do cabo nos próximos dias, para isso to­­mamos muitas precauções", disse o representante governamental Eduardo Pizarro. "So­­men­­te quando tudo estiver disposto ... o governo nacional irá determinar a hora zero para iniciar as operações de libertação dos dois se­­questrados."

Na região onde a dupla deveria ter sido entregue, as Forças Armadas mantêm intensas operações aéreas e terrestres contra Alfonso Cano, líder máximo das Farc, principal guerrilha colombiana.

O fracasso da missão hu­­ma­­nitária liderada pela ex-senadora Piedad Córdoba, com apoio lo­­­­­­gístico do Brasil, irritou o go­­verno de Bogotá.

Nova tentativa

"Não estamos dispostos a que as Farc voltem a descumprir seus compromissos e, portanto, lhes exigimos que nessa ocasião haja total responsabilidade e total compromisso com o que assumiram", alertou Pizarro. Ele acrescentou que a nova tentativa será coordenada a partir de Cali, e que o governo respeitará os protocolos de segurança previamente acertados.

As Farc já libertaram nos últimos anos, de forma unilateral, 15 reféns de caráter político, o que segundo analistas serve para que a guerrilha mantenha seu protagonismo e melhore sua imagem pública. Na semana passada, a guerrilha entregou quatro re­­féns à missão humanitária.

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