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Colômbia descobre plano das Farc para matar ex-presidente Uribe

Uribe, que iniciou em 2002 uma ofensiva militar que reduziu consideravelmente o poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, tem intensificado seus questionamentos ao processo de paz que ocorre em Cuba

Autoridades colombianas de segurança descobriram um plano da guerrilha Farc para assassinar o ex-presidente Álvaro Uribe, principal crítico do processo de paz mantido pelo governo com o grupo rebelde, disse o ministro da Defesa nesta terça-feira (12).

Uribe, que iniciou em 2002 uma ofensiva militar que reduziu consideravelmente o poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, tem intensificado seus questionamentos ao processo de paz que ocorre em Cuba, como parte da campanha para a eleição de 2014.

Ele foi o principal apoiador da candidatura do atual presidente, Juan Manuel Santos, com quem depois rompeu.

"Por instruções do presidente Juan Manuel Santos, nesta manhã, junto com o diretor da Polícia, general Rodolfo Palomino, me reuni com o ex-presidente Álvaro Uribe para lhe informar sobre um plano que foi detectado para atentar contra a sua vida por parte da Coluna Móvel Teófilo Forero das Farc", disse o ministro Juan Carlos Pinzón.

Ele não revelou detalhes do plano contra Uribe, que é pré-candidato a senador e apoia a candidatura presidencial de Oscar Iván Zuluaga.

A coluna Teófilo Forero é uma das mais ativas e violentas estruturas militares das Farc, em operação nos departamentos de Huila e Caquetá, no sudoeste do país. Ela já foi responsável por dezenas de sequestros, assassinatos e ataques contra a infraestrutura econômica.

"O presidente Santos ordenou que além do esquema de segurança atual do ex-presidente Uribe e de sua família, que envolve cerca de 300 funcionários, se faça o que for necessário para garantir a segurança e a integridade do ex-mandatário e para protegê-lo, bem como para chegar aos responsáveis por essas ameaças", disse Pinzón, lendo um comunicado.

Embora debilitada na última década, as Farc ainda têm capacidade para realizar operações de grande impacto. O grupo, qualificado como terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia, chegou a ter cerca de 17 mil combatentes na década de 1990, mas hoje mantém menos de 8 mil.

Uribe agradeceu a proteção que recebe das Forças Armadas, descrevendo-a como suficientes. "A minha segurança tem estado boa, não tenho senão gratidão pelas Forças Armadas", afirmou ele a jornalistas.

Representantes das Farc em Havana, onde há cerca de um ano transcorrem as negociações de paz, não se manifestaram sobre a notícia.

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