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Milhares de pessoas vestidas com camisas brancas caminharam pelas ruas centrais das cidades da Colômbia na “Marcha pela Vida”. | John  Vizcaino/Reuters
Milhares de pessoas vestidas com camisas brancas caminharam pelas ruas centrais das cidades da Colômbia na “Marcha pela Vida”.| Foto: John Vizcaino/Reuters

O governo da Colômbia e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram neste sábado (7) um acordo para retirar as minas terrestres das áreas de combate, em meio às negociações de paz realizadas em Cuba.

Em entrevista coletiva em Havana, as duas equipes de negociadores informaram que a intenção é “avançar na construção da confiança e contribuir para gerar condições de segurança aos moradores em áreas de risco pela presença das minas”.

Colombianos marcham em apoio a processo de paz

Dezenas de milhares de pessoas vestidas com camisas brancas caminharam neste domingo pelas ruas centrais das cidades da Colômbia na “Marcha pela Vida”, um apoio implícito à negociação pela paz entre o governo e a guerrilha das Farc, que foi criticada pela oposição.

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O negociador-chefe do governo, Humberto de la Calle, disse que o trabalho será em conjunto, supervisionado pela Noruega. “A proposta de retirada de minas é um primeiro passo, mas um passo gigante rumo à paz. Isto é uma prova de que estamos trabalhando na direção correta”, afirmou.

Com este “novo e decisivo” passo, insistiu De la Calle, as delegações de paz do governo e da guerrilha, reunidas em Havana desde 2012, conquistam maior “confiança” para pôr fim ao conflito armado.

Já o chefe negociador das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como “Ivan Márquez”, declarou que hoje [sábado] é “um dia memorável” para o processo de paz.

“Vamos pôr um bom caminho”, disse Márquez, ao ressaltar que as partes negociadoras entregaram à Colômbia “um acordo humanitário” que contribuirá para o fim do conflito.

O otimismo também foi compartilhado pelo presidente Juan Manuel Santos. “É um passo importantíssimo, porque era um passo necessário, como demonstração de que vamos no caminho correto para pôr fim a um conflito que nos sangrou durante mais de 50 anos.”

A estimativa é que mais da metade dos municípios colombianos tenha campos minados. As minas já fizeram mais de 11 mil vítimas, tornando a Colômbia o terceiro país mais afetado no mundo pelo problema, atrás apenas de Afeganistão e Camboja.

A proposta de retirada de minas é um primeiro passo, mas um passo gigante rumo à paz. Isso é uma prova de que estamos trabalhando na direção correta.

Humberto de la Calle, negociador-chefe do governo da Colômbia.
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