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Anti-governantes realizam manifesto no aeroporto Suvarnabhumi, em Bangcoc | Sukree Sukplang / Reuters
Anti-governantes realizam manifesto no aeroporto Suvarnabhumi, em Bangcoc| Foto: Sukree Sukplang / Reuters

Primeiro-ministro tailandês vai à TV e diz que não renuncia

O primeiro-ministro da Tailândia, Somchai Wongsawat, afirmou na noite desta quarta-feira (pelo horário local)(26) que seu governo não vai renunciar, apesar da onda de protestos da oposição e de pedidos para que convoque eleições antecipadas.

"Este governo foi eleito pelo povo e vai desempenhar seus deveres perante a nação e os cidadãos até o fim", disse Somchai em pronunciamento transmitido em rede nacional de televisão.

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Horas depois de centenas de manifestantes de oposição ao governo tomarem o aeroporto internacional de Bangcoc, o chefe do Exército da Tailândia, Anupong Paochinda, pediu nesta quarta-feira (26) que o governo renuncie e convoque eleições antecipadas para evitar o aprofundamento da crise política no país, que há dois anos assistiu a um golpe de Estado. O governo se recusou a aceitar o pedido dos militares. As manifestações estão ganhando regiões do Norte do país.

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O chefe do Exército também exigiu que os manifestantes da Aliança do Povo para a Democracia se retirem do aeroporto Suvarnabhumi. As manifestações da oposição, que exige a renúncia do primeiro-ministro, Somchai Wongsawat, tornaram-se violentas e paralisaram o país. A maioria das embaixadas estrangeiras recomendou a seus cidadãos que não viajem agora para a Tailândia.

Nas últimas horas, ao menos 12 pessoas ficaram feridas por explosões de pequenas bombas e tiroteios nas ruas da capital. No aeroporto internacional Suvarnabhumi, os manifestantes tomaram a torre de controle, fazendo com que diversas companhias aéreas suspendessem todos os vôos para o país. Todas as decolagens foram suspensas. Cerca de três mil turistas que ficaram retidos dentro do aeroporto começaram a ser retirados e levados a hotéis dos arredores.

Avaliado em US$ 4 bilhões, o aeroporto é o quarto maior em tráfego aéreo da Ásia, com movimento de 14 milhões de estrangeiros por ano. Os aviões das companhias que continuaram operando seus vôos na Tailândia foram desviados para o terminal de Don Muang. O líder do protesto, Sondhi Limthongul, recusou uma proposta de diálogo do governo.

Premier já tem preparado decreto para declarar estado de exceção

A APD anunciou que continuará sua mobilização e não entregará o comando do aeroporto internacional até que o primeiro-ministro renuncie. Ele deve chegar nesta tarde (horário local) à Tailândia, procedente do Peru, onde participou do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).

Wongsawat já tem preparado o decreto para declarar o estado de exceção, que permitiria dissolver à força os protestos. A APD acusa o governo de ser uma marionete do ex-chefe do Executivo Thaksin Shinawatra, cunhado do atual premier que vive no Reino Unido depois de ter sido deposto por um golpe de Estado em 2006.

De madrugada, uma multidão de seguidores da APD, alguns deles armados com paus e barras metálicas, invadiu o aeroporto e bloqueou os acessos às modernas instalações, inauguradas há pouco mais de dois anos.

Os manifestantes asseguram que qualquer avião que queira pousar ali terá que pedir a eles permissão. As autoridades do aeroporto pediram desculpas aos turistas pelos problemas causados pelos protestos.

O ministro das Finanças da Tailândia, Suchart Thadathamrongvej, advertiu que o fechamento do aeroporto internacional terá um forte impacto na economia do país. O turismo é vital para a Tailândia, que a cada ano recebe 14,5 milhões de visitantes, movimentando cerca de US$ 16 bilhões.

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