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Dos quase mil decretos que o presidente russo assinou no ano passado, 49,5% foram secretos, superando recorde de 2001
Dos quase mil decretos que o presidente russo assinou no ano passado, 49,5% foram secretos, superando recorde de 2001| Foto: EFE/EPA/GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/KREMLIN

Quase 50% dos decretos assinados pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no ano passado foram secretos, revelou uma reportagem publicada nesta semana pelo site investigativo Mediazona.

O levantamento foi realizado a partir da lista de decretos publicada no site oficial do governo russo, enumerados em sequência. A partir daqueles cuja numeração não consta nos registros públicos, o Mediazona calculou a porcentagem de decretos secretos.

Foram 997 decretos assinados por Putin em 2023, dos quais 49,5% foram secretos. Segundo o Mediazona, essa porcentagem superou o recorde de 2001, ano do auge da segunda guerra na Chechênia, quando 47% dos decretos presidenciais não tiveram o teor divulgado. Em 2022, foram 996 decretos, dos quais 45% foram secretos.

O Mediazona apontou que a guerra na Ucrânia é a principal explicação para o recorde no ano passado, já que decretos secretos são assinados para conferir honras militares a mortos em combate ou perdoar criminosos condenados para que sirvam na guerra.

O site investigativo apontou dados que reforçam essa hipótese. No início de 2022, antes da invasão à Ucrânia, pouco mais de 20% dos decretos assinados por Putin foram secretos. Entretanto, nos meses seguintes, a proporção subiu para mais de 50%, e em julho de 2023, no início da contraofensiva ucraniana, mais de 60% dos decretos foram sigilosos.

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