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Regime comunista

Com queda de 30% no turismo, Cuba enfrenta baixa em uma de suas principais fontes de receita

Rua em Havana, capital de Cuba (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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O regime comunista de Cuba recebeu apenas 571.772 turistas internacionais no primeiro trimestre deste ano, uma queda de quase 30% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatística e Informação (ONEI) nesta sexta-feira (25). A diminuição, registrada em plena temporada alta, agrava a crise econômica da ilha e dificulta o cumprimento da meta oficial do regime de atrair 2,6 milhões de visitantes neste ano.

A queda no fluxo de turistas foi atribuída ao forte recuo de mercados tradicionais, como Rússia, Canadá e da comunidade cubana residente no exterior. Em março, foram contabilizados 197.505 visitantes, número que, embora superior ao de fevereiro (178.263), ainda ficou muito abaixo dos índices observados em 2023 e 2024.

O Canadá manteve a posição de principal país emissor de turistas para Cuba, mas sofreu uma queda de 31,8% em relação a 2024, ao passar de 399.254 para 272.274 visitantes. O turismo vindo da Rússia teve retração ainda maior, com baixa de 52,1%, registrando apenas 33.395 turistas.

Todos os principais mercados emissores de turistas para Cuba apresentaram redução de dois dígitos: Estados Unidos (39.447 turistas), Alemanha (17.242), França (14.746), Argentina (12.275), México (11.592) e Espanha (9.827). Já a comunidade cubana no exterior foi responsável por 59.896 visitas entre janeiro e março, uma queda de 20,4%.

A fraqueza no setor turístico, um dos principais sustentos da economia da ilha comunista, é explicada por fatores internos e externos. Além da grave crise econômica e energética que atinge o país e impacta diretamente o setor hoteleiro, também influenciam a redução de rotas aéreas e as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o regime que persegue e tortura opositores.

O turismo é considerado uma peça-chave na estratégia econômica do regime cubano, tanto pelo impacto no Produto Interno Bruto (PIB) quanto pela geração de divisas, tradicionalmente atrás apenas dos serviços médicos exportados e das remessas de cubanos no exterior. No entanto, mesmo com os esforços, o setor acumula resultados decepcionantes: Cuba recebeu 2,2 milhões de visitantes internacionais em 2022, 2,4 milhões em 2023 e 1,6 milhão em 2024, números muito distantes dos 4,6 milhões registrados em 2018 e dos 4,2 milhões de 2019, durante a breve aproximação diplomática com os Estados Unidos.

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