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Equador

Com votação encerrada, pesquisas de boca-de-urna dão Correa como reeleito

Atual presidente do Equador teve mais de 50%, indicam pesquisas. Porcentagem garante novo mandato sem necessidade de 2º turno

Rafael Correa deposita seu voto na eleição deste domingo (26) | Reuters
Rafael Correa deposita seu voto na eleição deste domingo (26) (Foto: Reuters)

O presidente do Equador, o socialista Rafael Correa, foi reeleito para um novo mandato, até 2013, no primeiro turno das eleições gerais no país, obtendo mais de 50% dos votos válidos neste domingo (26), segundo resultados de pesquisas de boca-de-urna.

O presidente Segundo uma pesquisa de boca-de-urna divulgada pela emissora de televisão Teleamazonas, Correa deve se reeleger com 56% dos votos.

De acordo com o levantamento, ele superou o ex-presidente equatoriano Lúcio Gutiérrez, que aparece em segundo lugar entre os oito candidatos inscritos, com 29% dos votos.

Com esse resultado, Correa evita um eventual segundo turno com Gutiérrez, previsto para o dia 14 de junho.

A lei eleitoral equatoriana diz que um candidato presidencial pode obter o cargo no primeiro turno caso obtenha a metade dos votos válidos mais um ou então com 40% do eleitorado a seu favor, mas com uma diferença de dez pontos percentuais sobre o segundo colocado. 'Vitória esmagadora'

Correa disse ter conseguido "vitória esmagadora". "Minhas primeiras palavras são de profundo agradecimento ao povo equatoriano dentro e fora da pátria (...) por essa vitória esmagadora", disse Correa em entrevista à imprensa, na cidade de Guayaquil.

4 eleições em 3 anos

As seções eleitorais fecharam às 19h (horário de Brasília) em todo o país. No total, 10,5 milhões de eleitores foram convocados às urnas no quarto processo eleitoral no país, nos últimos dois anos e meio, e o primeiro sob a atual Constituição, aprovada em referendo em setembro.

Além do presidente, foram eleitos os ocupantes para cerca de 6.000 cargos, entre governadores e conselheiros municipais (vereadores) e provinciais.

Os equatorianos foram às urnas após um mandato polêmico do popular Rafael Correa. O atual presidente quer continuar sua "revolução socialista" e enfrentou um ex-presidente que já foi deposto por uma rebelião popular, Lucio Gutiérrez.

No país em que nenhum presidente finalizou seu mandato na última década, Correa conseguiu mais que completar dois anos no poder. Sua popularidade continua alta e, segundo pesquisas feitas antes do pleito, ele poderia vencer ainda no primeiro turno. Em 2008, ele venceu um referendo para legitimar uma nova Constituição, que permite com que ele concorra a mais dois mandatos consecutivos.

Observadores europeus

O chefe da missão de observadores eleitorais da União Europeia (UE), o português José Ribeiro e Castro, disse que o procedimento de abertura das eleições equatorianas foi "bom", mas lembrou que houve atrasos em 20% das mesas eleitorais analisadas.

Ribeiro e Castro divulgou à imprensa os dados recolhidos pelos observadores eleitorais até a metade da manhã de domingo e afirmou que, "de um modo geral, as coisas foram bem, já que não houve queixas, distúrbios ou atos de intimidação".

Entretanto, o chefe da missão da UE comentou sobre a existência de alguns casos de boca de urna. "Quando uma figura política muito notória vai votar, há a pressão da imprensa, mas os candidatos devem evitar fazer declarações de proselitismo político", disse em referência ao que ocorreu com o candidato presidencial Lúcio Gutiérrez e com candidatos da aliança de Rafael Correa.

Ribeiro e Castro assinalou que faltava algum tipo de material eleitoral em quase 20% das mesas observadas, mas disse que não foi uma situação "grave" e que "não impediu o funcionamento das juntas".

A UE enviou mais de cem observadores para acompanhar o processo eleitoral equatoriano em todas as províncias do país e prevê emitir um primeiro relatório de avaliação na próxima terça-feira.

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