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Combatentes islâmicos atiraram para o ar no sábado para interromper uma marcha pacífica de milhares de iemenitas que pediam o fim dos combates que os forçaram a abandonar suas casas no sul, disseram testemunhas.

Os manifestantes disseram à Reuters que foram parados em uma marcha de 50 km da cidade de Aden a Zinjibar, capital da província sulista Abyan onde o exército tem lutado contra combatentes suspeitos de ter ligação com a Al Qaeda.

O combate no sul é um dos muitos desafios enfrentados pelo empobrecido estado, que também foi abalado por quase um ano de protestos contra o governo de 33 anos do presidente Ali Abdullah Saleh.

Os Estados Unidos e os principais produtores de petróleo da Arabia Saudita estão preocupados com o crescente caos no país, que está próximo de rotas de embarque de petróleo.

Analistas temem que a agitação possa ser explorada pelo braço da al Qaeda no Iêmen, visto como a parte mais poderosa do grupo.

Os manifestantes disseram que estavam pedindo a ambos os lados para que deponham as armas no sul e exigindo que o governo abra a estrada costeira Aden-Zinjibar, uma rota de comércio chave que permaneceu fechada durante o conflito.

Os manifestantes, que disseram que 20 mil pessoas participaram da marcha incluindo mulheres e crianças, disseram à Reuters que forçaram a passagem através do posto militar na estrada antes de se encontrarem com os militantes.

"Cerca de 20 homens armados atiraram para o ar para nos parar. Eles nos disseram que não tem nada contra o nosso retorno para casa desde que não nos envolvamos no conflito", disse Mahmoud al-Sayyed, um dos manifestantes na marcha, à Reuters.

Alguns dos manifestantes voltaram, enquanto outros mantiveram conversas com militantes para convencê-los a deixar a marcha continuar, disse Sayyed. Os militantes disseram que querem manter os manifestantes longe dos combates para a segurança deles, disseram os manifestantes.

"A nossa marcha é uma mensagem para o regime, o exército e al Qaeda de que somos os filhos de Abyan ... e estamos determinados a retornar para nossas casas", disse um dos manifestantes mais cedo, que negou em informar o nome.

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