Ao menos seis rebeldes e dois soldados morreram durante combates entre tropas do Exército e guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que utilizaram indígenas como escudos humanos, informou o governo neste domingo.
O conflito aconteceu no sábado, entre os municípios de Toribio e Caloto, no departamento de Cauca - uma região estratégica para a produção e o tráfico de drogas, habitada por comunidades indígenas que se declararam neutras nas disputas que afligem o país há mais de 45 anos.
O comando do Exército informou que os enfrentamentos também deixaram cinco militares feridos. Foram interceptadas comunicações em que a guerrilha reconhece 12 feridos e quatro desaparecidos entre seus homens.
O ministro de Defesa colombiano, Rodrigo Rivera, acusou as Farc de utilizarem as comunidades indígenas do Cauca como escudos humanos para impedir o avanço das forças armadas.
"Uma conduta que viola todas as disposições do Direito Internacional Humanitário, conduta que compromete a segurança e envolve abusivamente a população indígena indefesa", disse o ministro a jornalistas.
De acordo com grupos de direitos humanos como a Anistia Internacional, os povos indígenas da Colômbia correm um grave risco de desaparecer devido ao aumento de ataques como assassinatos, massacres, recrutamento, confinamento, abuso sexual e deslocamento, agravados pelo conflito armado.
Os gupos paramilitares de ultradireita e as forças armadas também são acusados por entidades de direitos humanos de abuso contra indígenas.
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