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religião

Começa nesta segunda no Vaticano segundo julgamento do escândalo "Vatileaks"

Por este caso, conhecido como "Vatileaks", o ex-mordomo do papa, Paolo Gabriele, de 46 anos, foi condenado no último dia 6 de outubro a 18 meses de prisão

O julgamento do técnico de informática Claudio Sciarpelletti, de 48 anos, acusado de encobrimento no roubo e difusão de documentos reservados do papa Bento XVI, começa nesta segunda-feira (5) no Vaticano e o presidente do Tribunal de Justiça, Giuseppe Dalla Torre, espera que seja breve.

Por este caso, conhecido como "Vatileaks", o ex-mordomo do papa, Paolo Gabriele, de 46 anos, foi condenado no último dia 6 de outubro a 18 meses de prisão, que cumpre desde 25 de outubro em uma cela do Vaticano.

Sciarpelletti, funcionário da Secretaria de Estado, seria julgado no mesmo julgamento de Gabriele, mas o Tribunal presidido por Torre, a pedido de Gianluca Benedetti, advogado do técnico, separou os dois casos.

Benedetti disse na audiência desse dia - da qual não participou o técnico - que Sciarpelletti se declarava inocente e alegou que seu cliente nunca encobriu o ex-mordomo.

Sciarpelletti foi detido no dia 25 de maio, um dia depois que Gabriele, após os agentes policiais do Vaticano encontrarem em uma gaveta de sua mesa um envelope com o selo azul da Secretaria de Estado e no qual estava escrito "pessoal P. Gabriele".

O envelope continha cópias e documentos confidenciais que foram publicados no livro "Sua Santidade", do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, que revela as rivalidades e a animosidade entre os membros da Cúria.

Sciarpelletti, que foi detido em maio por apenas um dia, caiu em contradição em vários interrogatórios e alega que recebeu o envelope de Gabriele para que opinasse sobre o conteúdo, mas que esqueceu e nem sequer chegou a abrir o mesmo.

Em outro momento, o técnico disse ter recebido os documentos do monsenhor Carlo Maria Polvani, com a orientação de guardá-los e entregá-los ao ex-mordomo.

Monsenhor Polvani é sobrinho do arcebispo Carlo Maria Vigano, atual núncio nos Estados Unidos e ex-secretário-geral do Governatorato da Cidade do Vaticano (que administra este Estado), que enviou no ano passado várias cartas a Bento XVI nas quais denunciava a "corrupção, prevaricação e má gestão" na administração vaticana.

Polvani está convocado como testemunha no julgamento, que será realizado, da mesma forma que o de Gabriele, no Tribunal de Justiça do Vaticano.

Sciarpelletti pode ser condenado até a um ano de prisão, segundo a legislação do Estado da Cidade do Vaticano.

O juiz Torre declarou há alguns dias que o julgamento será "rápido, breve", já que o delito pelo qual Sciarpelletti é acusado é "na realidade, pouca coisa".

Torre disse que "mais que qualquer outra coisa, trata-se de averiguar as versões distintas nos interrogatórios aos quais o técnico de informática foi submetido, o que atrapalhou demais as investigações".

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