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Comitê organizador citou “guerra de agressão” contra a Ucrânia, mas mandado de prisão do TPI também pode ter pesado na decisão de não convidar o ditador russo
Comitê organizador citou “guerra de agressão” contra a Ucrânia, mas mandado de prisão do TPI também pode ter pesado na decisão de não convidar o ditador russo| Foto: EFE/EPA/GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/KREMLIN

O comitê Missão de Libertação, que está organizando um evento em junho na França para marcar os 80 anos do Dia D, informou nesta terça-feira (16) que vai convidar a Rússia, mas não o ditador Vladimir Putin, para a cerimônia.

“Considerando as circunstâncias, o presidente Putin não será convidado a participar das comemorações dos desembarques na Normandia”, informou o comitê, que mencionou a “guerra de agressão” contra a Ucrânia, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022.

“A Rússia será, no entanto, convidada, para honrar a importância do compromisso e dos sacrifícios dos povos soviéticos, bem como a sua contribuição para a vitória de 1945”, disse o grupo, segundo informações da agência France-Presse. O comitê não esclareceu quem será chamado para representar a Rússia no evento.

Os desembarques dos Aliados na Normandia, em 6 de junho de 1944, são considerados o grande ponto de virada na Segunda Guerra Mundial.

Além de ser um protesto contra a agressão russa à Ucrânia, a decisão de não convidar Putin também pode estar relacionada ao mandado de prisão expedido contra ele em 2023 pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), sob a acusação de crime de deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia.

Como signatária do Estatuto de Roma, que criou a corte, a França seria obrigada a prender Putin caso ele viajasse ao país.

Em 2014, o ditador russo participou das comemorações dos 70 anos do Dia D, apesar de poucos meses antes ter anexado a península ucraniana da Crimeia.

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