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Oriente Médio

Comitê da ONU analisa pedido de palestinos

Votação da proposta de adesão do Estado palestino às Nações Unidas ainda não tem data definida

Estudante palestina passa em frente de muro com desenhos sobre o conflito, em Gaza, região governada pelo grupo radical Hamas | Mahmud Hams/AFP
Estudante palestina passa em frente de muro com desenhos sobre o conflito, em Gaza, região governada pelo grupo radical Hamas (Foto: Mahmud Hams/AFP)

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) tomou sua primeira medida oficial ontem para analisar o pedido de filiação da Palestina à organização. O embaixador libanês Nawaf Salam, que está na presidência rotativa do conselho, anunciou o envio do pedido pa­­lestino ao Comitê de Novas Ad­­missões, que inclui todos os 15 Es­­­­tados membros do conselho.

O envio do pedido ao comitê é necessário, de acordo com as regras do conselho. O comitê vai se reunir amanhã para analisar o pedido de filiação. O enviado palestino na ONU, Riyad Man­­sour, agradeceu ao conselho pela forma rápida e unânime com a qual concordou em analisar o pedido palestino. "Nós esperamos que este processo não demore muito antes de vermos uma ação positiva", disse ele aos jornalistas.

Prazo

Pode levar semanas até que o processo chegue a uma votação final no conselho, onde os Estados Unidos prometeram vetar o pedido, caso ele receba o sinal verde de nove dos 15 integrantes.

Mansour não tratou da oposição norte-americana e declarou que "como vocês podem ver, o pro­­cesso está seguindo, passo a pas­­so, e nós esperamos que o Con­­selho de Segurança arque com sua responsabilidade e aprove nos­­so pedido".

Israel e EUA se opõem à declaração unilateral do Estado palestino e seu pedido de reconhecimento da ONU.

"Eu gostaria de enfatizar que um Estado palestino viável não será alcançado com a imposição externa, mas apenas pelas negociações diretas", disse o embaixador de Israel na ONU. "Esta é a única forma pela qual vamos a­­vançar para uma paz com os do­is lados."

Os Estados Unidos, juntamente com seus parceiros, que formam o Quarteto para o Oriente Médio – ONU, União Europeia e Rússia – pediram aos israelenses e palestinos que retomem as negociações e cheguem a um acordo até o final do ano que vem. O sucesso das negociações e um acordo final eliminaria qualquer oposição à filiação da Palestina à ONU.

Mas os palestinos indicaram que o plano do Quarteto não é suficiente, porque não destaca duas precondições: a aceitação, por parte de Israel, das fronteiras anteriores à guerra dos Seis Dias, em 1967, e que o governo israelense interrompa a construção de novos assentamentos judaicos em terras que os palestinos querem para seu Estado.

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