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EUA

Comitê do Senado aprova relatório sobre táticas de tortura da CIA

Relatório inclui detalhes sobre cada um dos suspeitos sob custódia da CIA e, segundo os observadores, poderia lançar luz sobre os métodos coercitivos utilizados pela agência de espionagem

A Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, após uma investigação de três anos, um relatório sobre as táticas de tortura supostamente utilizadas pela CIA, enquanto grupos defensores dos direitos humanos exigem sua divulgação pública.

Com 9 votos a favor e 6 contra, o Comitê aprovou um relatório, de mais de 6 mil páginas, sobre o programa de detenções e interrogatórios que a CIA implementou contra supostos terroristas após os atentados de 2001.

O relatório, que será entregue ao Executivo, inclui detalhes sobre cada um dos suspeitos sob custódia da CIA e, segundo os observadores, poderia lançar luz sobre os métodos coercitivos utilizados pela agência de espionagem.

O documento descreve as condições nas quais foram detidos e interrogados os supostos terroristas e os dados de inteligência que proporcionaram, além de emitir uma lista de 20 resultados e recomendações.

O relatório, que se apoia em mais de seis milhões de páginas da CIA e outros arquivos, será entregue ao presidente Barack Obama e a funcionários do alto escalão do Executivo "para que o revisem e comentem", assegurou a presidente do Comitê, a democrata Dianne Feinstein.

Apesar da pressão de grupos humanitários, Dianne assinalou que, por enquanto, o relatório permanecerá em sigilo em sua totalidade e que sua eventual divulgação dependerá dos comentários do Executivo.

Sua publicação, segundo os analistas, ofereceria esclarecimentos sobre o argumento usado durante a Presidência de George W. Bush, em particular pelo então vice-presidente, Dick Cheney, de que a tortura ajudou a extrair importantes dados de inteligência de supostos terroristas.

Grupos defensores dos direitos humanos sempre insistiram que o uso da tortura viola as convenções de Genebra e, longe de produzir informações-chave na luta antiterrorista, mancha a imagem dos EUA.

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