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Uma carta enviada pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ao executivo-chefe da British Petroleum (BP), Tony Hayward, afirmou que as investigações conduzidas pelo grupo estão "levantando questões sérias" sobre as decisões tomadas pela petroleira nos dias que antecederam a explosão da plataforma de perfuração que provocou o atual vazamento de óleo no Golfo do México.

"Em repetidas vezes, parece que a BP tomou decisões para economizar tempo ou dinheiro que aumentaram o risco de uma explosão", disseram o presidente do comitê, o deputado democrata Henry Waxman, e seus colegas do grupo na carta de 25 páginas.

Em 15 de abril, cinco dias antes da explosão, um engenheiro de perfuração da BP chamou o poço de Macondo - de onde está vindo o vazamento de óleo no Golfo do México - de "poço do pesadelo", segundo a carta. O comitê afirmou também que, apesar das dificuldades com o poço, "a BP aparentemente tomou múltiplas decisões por motivos econômicos que elevaram o risco de um fracasso catastrófico".

Os deputados disseram que "as decisões aparentemente violaram as normas da indústria" em diversas instâncias e "foram adotadas apesar de alertas da própria equipe da BP e dos prestadores de serviços". Segundo o comitê, "parece que a BP repetidamente escolheu procedimentos arriscados para reduzir custos e poupar tempo, fazendo esforços mínimos para conter o risco adicional".

O executivo-chefe da BP deve participar de uma audiência com o comitê na quinta-feira. Será a primeira vez em que ele comparecerá ao Congresso para depôr desde 20 de abril, dia em que a plataforma de perfuração explodiu. A BP está sofrendo pressão de senadores democratas dos EUA para que reserve US$ 20 bilhões para a cobertura dos prejuízos econômicos trazidos pelo vazamento de óleo no Golfo do México. As informações são da Dow Jones.

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