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Os carros da empresa Lyft são facilmente identificados pelos clientes por um grande “bigode colorido” no parachoque | Reprodução
Os carros da empresa Lyft são facilmente identificados pelos clientes por um grande “bigode colorido” no parachoque| Foto: Reprodução

Barreiras

Restrições impedem expansão de empresas

Por mais rentável e atrativo que possa parecer, o negócio do carro partilhado tem dificuldades para crescer nos Estados Unidos, principalmente pela falta de regulamentação do setor. Nos estados de Califórnia, Oregon e Washington, o funcionamento foi autorizado com restrições, de modo a proteger os taxistas e as companhias tradicionais de alugel. Em Nova York, as autoridades frearam a atividade por entender que suas operações entram em conflito com as leis de transporte público.

A desconfiança das pessoas também interfere no negócio. Para resolver esse problema, algumas companhias criaram métodos como o de acúmulo de pontos – mais pontos para os motoristas que não se envolvem em acidentes, por exemplo – ou ainda o fornecimento de um relatório de incidências ao volante do potencial cliente.

Fruto da recente crise econômica, nos Estados Unidos já se proliferou uma ampla variedade de empresas dispostas a transformar cada automóvel em um veículo de aluguel e proporcionar aos proprietários uma renda extra, ao mesmo tempo em que oferece aos clientes preços muito abaixo das tarifas de serviço de táxi e aluguel de veículos.

Companhias como Sidecar e Lyft já circulam por grandes cidades como San Francisco, Los Angeles, Seattle, Chicago, Boston e Washington D.C, onde colocam em contato motoristas particulares e potenciais passageiros que só têm de pagar um preço baixo para realizar trajetos urbanos.

A Zimride é a alternativa para distâncias mais longas. Com ela, os usuários publicam os destinos que desejam seguir e buscam companheiros de viagem com os quais compartilham conversas e despesas. Um preço por assento, em um percurso de 250 km, fica em torno de US$ 20.

Se a pessoa somente se preocupa em fazer negócio e não em conhecer gente, companhias como RelayRides, Just Share It, Getaround e FlightCar se encarregam de tirar proveito dos carros quando seus donos não os usam, seja apenas por uma hora.

Por meio de um aplicativo de celular, é possível descobrir onde está o automóvel disponível mais próximo, além de seu preço.

Um Audi A4 para circular por San Francisco, por exemplo, é alugado por US$ 9 na Getaround, com a gasolina à parte, e inclui um seguro de US$ 1 milhão, valor padrão no setor de carros compartilhados. Do aluguel, a empresa fica com 40%.

A empresa afirma que 250 milhões de automóveis estão parados nos EUA durante 22 horas por dia e que seus donos ganhariam US$ 5 mil anuais se os veículos fossem compartilhados durante apenas 25% do tempo.

Ao contrário das concorrentes que se centram em oferecer apenas o serviço de intermediação, a FlightCar apostou em logística e se dedica a tirar rendimento dos carros que ficam estacionados nas garagens dos aeroportos.

"Fomos os primeiros a fazer isto", assegurou Rujul Zaparde, cofundador da empresa que começou a operar em fevereiro em San Francisco e acaba de se expandir para Boston.

A FlightCar acolhe gratuitamente em seu estacionamento os carros que os viajantes deixam parados e pagam aos proprietários caso alguém alugue-o durante sua ausência. Isso inclui o transporte desde e até o terminal do aeroporto e limpeza do veículo.

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