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O ex-presidente de Argentina Néstor Kirchner, considerado o político mais influente do país e marido de atual presidente, Cristina Fernández Kirchner, morreu nesta quarta-feira.

Kirchner, que provavelmente seria candidato novamente na eleição presidencial de 2011, já tinha sido internado duas vezes este ano por problemas cardíacos.

COMENTÁRIOS DE ANALISTAS:

STUART CULVERHOUSE, ECONOMISTA CHEFE, EXOTIX EM LONDRES.

"Em termos de impacto, no curto prazo aumentará a incerteza política a respeito das posições entre a ala 'kirchnerista' do partido peronista, obviamente olhando para as eleições presidenciais do próximo ano."

"A questão é se Cristina Fernández vai escolher agora se candidatar ou se vai oferecer a oportunidade a outro candidato."

"Esperávamos que os Kirchner perdessem as eleições do ano que vem... Houve uma recuperação na popularidade deles devido a um crescimento econômico mais forte, mas possivelmente não seria suficiente para ajudá-los a ganhar as eleições."

"Agora pode ser ainda mais difícil ganhar as eleições, porque ele era uma figura simbólica dentro do movimento. Aumenta a chance de que um governo mais aberto aos mercados chegue ao poder, o que seria visto pelos mercado como algo positivo para os ativos da Argentina."

NICK CHAMIE, DIRETOR GLOBAL DE PESQUISA DE MERCADOS

EMERGENTES DO RBC CAPITAL MARKETS:

"É possivelmente positivo para os preços dos ativos da Argentina. A perda do senhor Kirchner é obviamente bastante prejudicial para a base de poder da senhora Cristina Kirchner, já que ele seria a maior posição de força no país."

"Com as eleições do próximo ano, acho que o povo começará a ter mais expectativas de que alguém da oposição mais favorável aos mercados tenha melhores chances."

"Há um fator atenuante, a senhora Kirchner vai garantir que seu marido seja exaltado durante várias semanas e meses, e tradicionalmente na Argentina esse tem sido um fator muito forte."

BRET ROSEN, ESTRATEGISTA DE CRÉDITO DO STANDARD CHARTERED:

"Isso definitivamente muda drasticamente o panorama político na Argentina. Os bonos estão subindo por esta notícia como reação imediata, mas não acho que isso necessariamente leve a um presidente de oposição na Argentina."

"Certamente isso poderá criar simpatia com Cristina Kirchner e poderá potencialmente propiciar um benefício político. Obviamente é algo trágico quando o marido de alguém morre."

"Olhando à frente, para as eleições de 2011, isso definitivamente muda o panorama, mas nem sequer tínhamos certeza se Néstor Kirchner seria candidato. Apesar de Néstor ser visto como o responsável deste governo, ela está presente há vários anos e agora poderá ser a candidata do próximo ano."

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