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A Síria enfrenta o maior conflito desde o momento que o presidente interino Ahmad Sharaa assumiu o país. Mais de mil pessoas já foram mortas em confrontos entre as forças de segurança do governo e os apoiadores do presidente deposto Bashar al-Assad.
No terceiro dia de confronto, o presidente Sharaa, em pronunciamento feito em uma mesquita de Damasco, neste domingo (9), pediu que a Síria mantivesse a “unidade nacional” e a “paz civil”. “O que está acontecendo no país são desafios que eram previsíveis”, declarou. Entre os mortos, a maioria são alauítas, do grupo religioso de minoria xiita que apoia Assad.
As forças de segurança da Síria afirmaram que ao menos 200 de seus agentes foram mortos nos confrontos com ex-militares do governo anterior e que os ataques “escalaram para atos de vingança”.
Já o Observatório Sírio para os Direitos Humanos registrou no sábado (8) que os dois primeiros dias de combates na região costeira do Mediterrâneo podem ser comparados a alguns graves episódios de violência no país ao longo de 13 anos. "O número total de mortos e mártires, tanto civis quanto militares, aumentou para 1.311 durante a operação de segurança que ocorreu em resposta aos ataques de militantes alauítas às forças de segurança na quinta-feira, 6 de março", disse a organização em um comunicado.
O OSDH fez um apelo "urgente" às autoridades sírias em Damasco para "responsabilizar o pessoal de segurança e defesa envolvido nas execuções no local". A nota diz que "a impunidade incentiva a repetição de crimes no futuro, o que ameaça a estabilidade política e social na Síria após a queda de Assad".
De acordo com a agência de notícias Reuters os conflitos permaneceram na noite de sábado (8) em diversas cidades Sírias. Grupos armados dispararam contra as forças de segurança e emboscaram vários veículos com o objetivo de comprometer rodovias que ajudam no deslocamento às principais cidades da região.
