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Congressistas recuam, e ameaça de crise fiscal ganha força nos EUA

Câmara não chega a acordo e queda de braço continua hoje, restando apenas um dia do prazo estipulado para o governo chegar ao teto da dívida

No Capitólio, em Washington, congressistas que diziam estar perto de um acordo se afastaram dele mais uma vez ontem | Jonathan Ernst/Reuters
No Capitólio, em Washington, congressistas que diziam estar perto de um acordo se afastaram dele mais uma vez ontem (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)
Republicano Boehner sofre pressão dos radicais do Tea Party |

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Republicano Boehner sofre pressão dos radicais do Tea Party

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, liderada pelos republicanos, não conseguiu ontem entrar em acordo sobre um plano capaz de eliminar a ameaça de um calote do governo. Uma nova tentativa será feita hoje.

A pouco mais de 36 horas para o prazo estabelecido pelo Departamento do Tesouro americano para que o governo atinja seu limite legal de endividamento, crescem os receios dos investidores sobre um possível calote do país – mas ele não deve ocorrer automaticamente nesta data.

Desde maio, o Tesouro vem adotando medidas contábeis extraordinárias para evitar que o teto da dívida, atualmente em US$ 16,7 trilhões, seja atingido. Levando em conta suas projeções de gastos e receitas, o departamento estimou que o limite de endividamento, ou seja, sua capacidade de tomar novos empréstimos, será atingido no dia 17 de outubro. Após essa data, é certo que o governo não terá mais como rolar sua dívida, mas ainda ficará com cerca de US$ 30 bilhões em caixa.

Segundo analistas, o dinheiro que vai sobrar no caixa do Tesouro seria suficiente para pagar o serviço da dívida por alguns dias. Existem pelo menos três vencimentos de títulos do governo neste mês que estão no foco dos mercados: 17, 24 e 31 de outubro.

Não está claro se o governo pode ou mesmo quer continuar pagando o serviço da dívida a partir do dia 17. O secretário do Tesouro, Jacob Lew, diz que os sistemas do departamento não têm como permitir que o governo pague determinadas dívidas em detrimento de outras. Ele foi questionado por parlamentares se seria possível pagar o serviço da dívida, evitando assim um calote, e adiar o pagamento de outras obrigações, como por exemplo benefícios da Previdência Social.

Lew esclareceu que a estimativa de que o governo atingirá o limite legal de endividamento em 17 de outubro é apenas uma previsão. Segundo ele, há um risco real de erro no cálculo do prazo para atingir o teto da dívida, porque não é possível determinar com exatidão quais serão os gastos e receitas da administração federal.

Mesmo que o Tesouro atrase em algumas horas ou dias o pagamento de cupons ou do principal de sua dívida, isso não é considerado automaticamente um calote pelas agências de classificação de risco. Essa classificação seria usada somente se o governo avisar oficialmente seus credores de que não conseguirá honrar seus compromissos a tempo.

Medidas

As medidas extraordinárias que estão sendo adotadas pelo Tesouro dos EUA para evitar que o teto da dívida seja atingido são paliativas. O secretário do Tesouro, Jacob Lew, disse que a estimativa de que o governo americano atingirá o limite legal de endividamento em 17 de outubro é apenas uma previsão.

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