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A tripulação da missão Artemis II, que voará ao redor da Lua em 2024. Da esquerda para a direita: os astronautas da Nasa Christina Hammock Koch, Reid Wiseman (sentado) e Victor Glover, e o astronauta Jeremy Hansen, da Canada Space Agency (CSA), em 29 de março de 2023.
A tripulação da missão Artemis II, que voará ao redor da Lua em 2024. Da esquerda para a direita: os astronautas da Nasa Christina Hammock Koch, Reid Wiseman (sentado) e Victor Glover, e o astronauta Jeremy Hansen, da Canada Space Agency (CSA), em 29 de março de 2023.| Foto: Josh Valcarcel/Nasa

As agências espaciais de Estados Unidos (Nasa) e Canadá (CSA) anunciaram nesta segunda-feira (3) os quatro membros da missão Artemis II, que voarão ao redor da Lua em novembro de 2024. A viagem representa o início do que está sendo considerada uma nova era espacial, que tem o planeta Marte como objetivo.

A missão de dez dias será comandada por Reid Wiseman e pilotada por Victor Glover, com Christina Hammock Koch e Jeremy Hansen, este último da Agência Espacial Canadense (Canada Space Agency - CSA), como especialistas da missão. A tripulação foi escolhida a partir de 41 astronautas, sendo que o Canadá tinha quatro candidatos.

Esta será a primeira missão em 50 anos a retornar ao satélite da Terra desde que o programa Apollo, entre 1968 e 1972 e que colocou 12 astronautas na superfície lunar, chegou ao fim. Como a agência espacial americana explicou, os quatro farão parte "da primeira missão tripulada da Nasa para estabelecer uma presença de longo prazo na Lua".

"Esta é a tripulação da humanidade", disse o diretor da NASA, Bill Nelson, no evento de anúncio da missão, no Centro Espacial Johnson, em Houston, no estado do Texas.

Para ele, a missão é "o começo de uma nova era de exploração para uma nova geração de exploradores estelares e sonhadores: a Geração Artemis". A Nasa planeja enviar, em 2025, a primeira missão tripulada do programa Artemis para aterrissar no satélite da Terra.

A missão Artemis II

Os quatro membros da missão Artemis II decolarão do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida, no final de 2024 (possivelmente em novembro) a bordo de uma cápsula Orion, transportada pelo poderoso foguete SLS, que já foi testado com a expedição não tripulada Artemis I em 2022.

"Rezo para que Deus abençoe esta missão, mas também oro para que possamos continuar a servir como fonte de inspiração para a cooperação e paz, não apenas entre nações, mas em nossa própria nação", disse Glover, ex-piloto da missão Crew-1 da NASA, em parceria com o SpaceX.

Diante de uma audiência que incluía crianças e adolescentes, bem como toda a equipe de astronautas da Nasa, Glover destacou o "momento da história humana" que a Artemis II representará, e que será o trampolim para uma missão tripulada chegar a Marte pela primeira vez.

"Vamos levar todas as suas emoções, aspirações e medos", disse Koch, que com a Artemis II completará sua segunda missão espacial.

O canadense Hansen, que fará seu primeiro voo espacial nesta missão, agradeceu em nome de seu país a parceria espacial de longa data com os EUA e a liderança global da Nasa.

"Estamos indo", encerrou a apresentação Wiseman, seguido de aplausos, após compartilhar os parabéns com os outros membros da expedição.

Repercussões

Nesta segunda-feira, o presidente dos EUA Joe Biden telefonou para os quatro astronautas a fim de parabenizá-los e agradecer-lhes pelo seu serviço, que serve de inspiração para "inúmeras pessoas no país e ao redor do mundo" – informou a Casa Branca. Biden também aproveitou a oportunidade para falar por telefone com os filhos dos astronautas, segundo revelou um funcionário de alto escalão da Casa Branca aos repórteres.

Buzz Aldrin, astronauta da Apollo 11 que em 1969 caminhou na superfície lunar, foi outro a dar os parabéns à missão: "seu papel na realização do esforço dos EUA no espaço será de grande inspiração", escreveu Aldrin no Twitter.

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