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Rebelde revista carro de civil em rodovia de acesso a Bani Walid, cidade que ainda está sob o controle das forças de Kadafi | Youssef Boudlal/Reuters
Rebelde revista carro de civil em rodovia de acesso a Bani Walid, cidade que ainda está sob o controle das forças de Kadafi| Foto: Youssef Boudlal/Reuters

Resistência

Grupo bolivariano não reconhece governo dos rebeldes

Os países da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba) manifestaram à ONU sua rejeição ao fato de um "governo ilegítimo" no poder em Trípoli ocupar o assento da Líbia na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas.

"O assento correspondente à Líbia nas Nações Unidas não deve ser ocupado por uma facção ou governo transitório ilegítimo imposto por uma intervenção externa", indica a carta assinada pelo embaixador permanente da Venezuela na ONU, Jorge Valero.

Na carta dirigida ao presidente da 66ª Assembleia Geral da ONU, o catariano Nasser Abdulaziz Al-Nasser, e que tem data de 13 de setembro, os países da Alba pediram um "debate profundo" sobre o tema no Comitê de Credenciais da reunião que se iniciará na semana que vem em Nova York.

O objetivo desse debate é "impedir a ocupação do assento líbio até que se estabeleça um governo legítimo, sem intervenção estrangeira, um governo que reflita o desejo livre e soberano do povo líbio", completa.

Os países que integram a Alba são Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Antígua e Barbuda, Dominica e São Vicente e Granadinas.

AFP

Sarkozy e Cameron visitam país

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, planejam visitar a Líbia hoje, em uma viagem que seria a primeira feita por líderes europeus desde que os insurgentes derrubaram Muamar Kadafi no final de agosto. Não houve uma confirmação oficial dos governos francês e britânico sobre a visita. "Nossa política é nunca confirmar a agenda do primeiro-ministro" disse um porta-voz de Cameron.

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O Conselho de Segurança da ONU votará ainda nesta semana uma resolução que permitirá enviar uma missão à Líbia e amenizar as sanções contra o país.

Um rascunho do documento, elaborado por dipl omatas britânicos, prevê que a missão ajude o novo governo líbio a reestabelecer a segurança no país. O texto não prevê o envio de tropas terrestres ou policiais, mas sim uma equipe civil de cerca de 200 pessoas.

O alívio das sanções deve amenizar o embargo de armas e permitir que a petroleira estatal e o banco central voltem a funcionar em breve.

Valas comuns

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) informou on­­tem que pelo menos 13 valas comuns foram encontradas na Líbia nas últimas três semanas. A instituição, sediada em Genebra, disse que seus funcionários auxiliaram na recuperação de 125 corpos encontrados em 12 locais diferentes dentro e nos arredores de Trípoli.

A Cruz Vermelha afirmou que 34 corpos também foram recuperados na vila de Galaa, nas montanhas Nafusa, oeste do país. O porta-voz do CIVC, Steven An­­derson, disse que novas valas comuns são encontradas a cada semana.

O grupo acrescentou que tem ajudado a assegurar que os restos mortais sejam recuperados de maneira apropriada para que os mortos sejam identificados e seus parentes sejam informados sobre o que ocorreu.

Mas a Cruz Vermelha não está envolvida na coleta de provas que possam ser usadas em julgamentos por crimes de guerra ou outros procedimentos legais.

Kadafi pede ajuda

O ditador deposto Muamar Ka­­dafi fez um apelo à comunidade internacional para que ajude sua cidade natal, Sirte, sitiada por forças ligadas ao novo governo líbio. A mensagem de áudio foi levada ao ar ontem por uma emissora síria.

"Se Sirte está isolada, o mundo deve expressar sua opinião contra essas atrocidades", disse o deposto líder líbio em comentários transmitidos pela emissora síria de televisão Arrai Oruba.

"É uma obrigação de todo o mundo não deixar Sirte sozinha e todos devem assumir suas responsabilidades internacionais e imediatamente e acabar com este crime", afirmou Kadafi.

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