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Polêmica

Conselho de Guardiães rejeita anulação de eleição presidencial no Irã

Grupo de legisladores disse que não há indícios de fraude. País vive clima de tensão após mortes em protestos oposicionistas

Protestos no Irã já deixaram 18 mortos e foram os mais desafiadores em 30 anos desde a Revolução Islâmica | Reuters
Protestos no Irã já deixaram 18 mortos e foram os mais desafiadores em 30 anos desde a Revolução Islâmica (Foto: Reuters)

O órgão supremo legislativo do Irã, o Conselho de Guardiães, afirmou nesta terça-feira (23) que não encontrou evidências maiores de fraude e por isso não anulará o resultado das eleições presidenciais do último dia 12.

Os clérigos do conselho já haviam dito que uma recontagem total dos votos seria "extremamente improvável".

O anúncio é mais uma forma de o regime mostrar que não tolerará mais protestos por parte da oposição, que deixaram 18 mortos e foram os mais desafiadores em 30 anos desde a Revolução Islâmica.

A oposição contesta o resultado, que deu a reeleição ao presidente Mahmoud Ahmadinejad, e argumenta que houve fraude. O governo nega as acusações e acusa países estrangeiros, como Reino Unido e EUA, de interferir nos assuntos internos iranianos. Esses governos, por sua vez, negam.

O funcionário da Justiça de alto escalão Ebrahim Raisi confirmou nesta terça em entrevista a uma rádio que uma Corte especial estava sendo montada para analisar os casos dos manifestantes que foram presos.

Nos últimos dias, membros da Guarda Revolucionária, a milícia Basij e outras forças de segurança se espalharam pela capital Teerã prevenindo qualquer tumulto. O protesto de pelo menos 200 pessoas na segunda-feira (22) foi rapidamente reprimido pelas autoridades com violência.

Imprensa

A entidade Repórteres Sem Fronteiras relata que há ao menos 33 jornalistas iranianos presos no momento no país.

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