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David Cameron acena ao lado da mulher, Samantha, em Downing Street, após ser designado premiê nesta terça-feira (11) | Toby Melville / Reuters
David Cameron acena ao lado da mulher, Samantha, em Downing Street, após ser designado premiê nesta terça-feira (11)| Foto: Toby Melville / Reuters
  • O novo primeiro-ministro britânico David Cameron é cumprimentado pela rainha Elizabeth II
  • Novo primeiro-ministro David Cameron durante conversa por telefone com o presidente americano Barack Obama

O líder conservador David Cameron assumiu nesta terça-feira o cargo de primeiro-ministro da Grã-Bretanha após formar uma coalizão entre o seu Partido Conservador e o Partido Liberal Democrata.

Horas depois, o líder liberal democrata Nick Clegg, que se tornou o fiel da balança na política britânica após a inconclusiva eleição de quinta-feira passada, foi nomeado vice-primeiro-ministro.

O trabalhista Gordon Brown havia renunciado ao cargo horas antes, encerrando 13 anos de governo do Partido Trabalhista, de centro-esquerda.

Os conservadores formaram a maior bancada na eleição da semana passada, mas sem maioria absoluta para governar. O Partido Trabalhista ficou em segundo e o Liberal Democrata, em terceiro. Foi a primeira eleição sem maioria desde 1974.

Em seu primeiro discurso como premiê, Cameron, de 43 anos, disse que pretendia formar o primeiro governo britânico de coalizão desde 1945. Seu primeiro grande desafio será controlar o enorme déficit público.

"Vai ser um trabalho duro e difícil. Uma coalizão gerará todo tipo de desafios. Mas acredito que juntos podemos oferecer o governo forte e estável que nosso país precisa", disse Cameron ao lado da mulher, Samantha, que está grávida.

Cameron é o mais jovem primeiro-ministro britânico em quase 200 anos.

A forma exata do gabinete não está clara, mas parlamentares liberal democratas se reuniam para aprovar formalmente a oferta de coalizão. O escritório do premiê anunciou que serão cinco liberal democratas no gabinete, incluindo Clegg.

A libra se valorizou frente ao dólar e ao euro, refletindo o alívio dos mercados com a formação de um governo que possa rapidamente enfrentar o grave déficit público e manter a ainda frágil recuperação econômica depois da pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial.Uma fonte conservadora disse que os dois sócios da coalizão concordaram em acelerar significativamente os planos de redução do déficit. O foco estará mais no corte de gastos públicos do que no aumento da arrecadação.

Osborne nas finanças

Outra fonte próxima aos conservadores disse que George Osborne, amigo e aliado de Cameron há muitos anos, será o novo ministro das Finanças.

A mesma fonte disse que o ex-líder conservador William Hague, que foi crucial nas negociações com os "lib-dems", será o ministro de Relações Exteriores.

Ao longo de cinco dias de intensas negociações, conservadores e trabalhistas tentaram obter o apoio dos liberal democratas, mas na tarde desta terça-feira ficou claro que os trabalhistas haviam perdido, e que Brown teria de renunciar.

"Desejo ao próximo primeiro-ministro tudo de bom ao fazer escolhas importantes para o futuro", disse Brown, de 59 anos, em um emocionado pronunciamento em frente à residência dos primeiros-ministros, na rua Downing, ao lado da esposa, Sarah.

Brown, a mulher e os dois filhos posaram rapidamente para fotógrafos na rua Downing antes de partir. De lá, Brown foi para o palácio de Buckingham, onde a rainha Elizabeth aceitou sua renúncia.

Logo depois, foi a vez de Cameron visitar a rainha, que lhe convidou formalmente para montar um governo. Ele então foi direto para a rua Downing, onde fez seu discurso.

O presidente dos EUA, Barack Obama, telefonou para Cameron cumprimentando-o, segundo a Casa Branca. O novo premiê recebeu mensagens também da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

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