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Um poço auxiliar destinado a interromper o vazamento de petróleo no fundo do Golfo do México ainda vai levar várias semanas para ficar pronto, disse uma autoridade norte-americana nesta quarta-feira, enquanto o primeiro furacão da temporada atrapalha a tarefa de recolher e eliminar o óleo.

Em Washington, parlamentares aprovaram uma lei que expõe as empresas petrolíferas a indenizações ilimitadas em decorrência de vazamentos como o da British Petroleum, o pior desse tipo na história do país.

O furacão Alex causa ondas e ventos que obrigaram a empresa a suspender a queima controlada de óleo sobre o mar, a coleta do material da superfície, o uso de dispersantes químicos e a instalação de barreiras, segundo a Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Dois poços auxiliares continuam sendo escavados, até atingir o poço defeituoso e permitir que o vazamento seja sanado. Um deles está a cerca de 300 metros do alvo, mas ainda vai levar semanas até atingir o vazamento, disse o secretário de Interior, Ken Salazar, a parlamentares.

Os poços auxiliares devem cortar e tampar o poço de onde o petróleo jorra. "Então nas próximas semanas eles vão descer até a profundidade-alvo", disse Salazar, citando um cronograma compatível com declarações da BP.

O vazamento, que começou há 72 dias, causa graves prejuízos econômicos e ambientais na costa do Golfo, afetando o turismo, a pesca e outras atividades, além de ecossistemas delicados. Os custos do acidente e das indenizações fazem com que o futuro da própria BP também fique ameaçado.

Salazar defendeu a retomada da moratória na prospecção de petróleo em profundidades superiores a 500 pés (152 metros), declarada pelo governo Obama depois do acidente, mas derrubada pela Justiça federal.

"Acreditamos que a moratória era correta quando a implantamos. Acreditamos que ainda seja correta", disse o secretário, sugerindo que a perfuração seria permitida em campos marítimos bem conhecidos.

O governo quer que a moratória vigore enquanto uma comissão oficial investiga a causa da explosão que provocou o naufrágio da plataforma Deepwater Horizon, em abril, e o consequente vazamento no poço Macondo. A investigação pode levar à adoção de novas regras de segurança.A Comissão de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado aprovou nesta quarta-feira o fim do limite de responsabilidade civil para as empresas responsáveis por vazamentos de petróleo. A medida agora segue para o plenário do Senado, e depois para a Câmara.

As empresas petrolíferas atualmente têm um limite de 75 milhões de dólares nas indenizações às comunidades locais por prejuízos econômicos e pela restauração dos danos ambientais. Se transformada em lei, a medida valerá retroativamente para a BP.

A bancada democrata quer priorizar a aprovação, mas os republicanos dizem que a medida afastaria pequenas empresas do setor de exploração marítima, abrindo as portas para grandes companhias estrangeiras.

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