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Justiça

Consulado dos EUA emite comunicado oficial sobre caso Sean Goldman

Justiça determinou devolução do garoto ao pai americano. Consulado pede que público respeite privacidade de pai e filho

O consulado dos Estados Unidos emitiu um comunicado oficial na noite desta quarta-feira (23) manifestando a sua satisfação com a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que na terça-feira (22) suspendeu a liminar que garantia permanência do garoto Sean Goldman, de 9 anos, no Brasil.

No comunicado, o consulado informou que "todos os procedimentos legais foram satisfeitos". O consulado norte-americano disse, ainda, que está fazendo o máximo para "assegurar que o reencontro aconteça de forma mais tranquila possível", e que receberá Sean com segurança e privacidade.

O consulado termina o comunicado fazendo um apelo ao público para que respeitem a privacidade de Sean e do pai, o norte-americano David Goldman.

A guarda do menino foi disputada pelo pai americano e pela família de sua mãe, a brasileira Bruna Bianchi, que morreu em 2008 durante o parto de sua filha com o advogado João Paulo Lins e Silva. Segundo a assessoria do STF, com a decisão de Mendes, David Goldman pode levar o garoto para os Estados Unidos.

Leia na íntegra o comunicado do consulado dos EUA:

"O Consulado dos EUA do Rio de Janeiro gostaria de expressar sua satisfação com o fato de que o garoto Sean Goldman, de 9 anos, finalmente se unirá com seu pai, David.

Todos os procedimentos legais foram satisfeitos e a justiça ordenou o retorno de Sean aos Estados Unidos ao lado do pai.

O Consulado está fazendo o máximo para assegurar que o reencontro aconteça da forma mais tranquila possível. Para tanto, receberemos Sean no Consulado assegurando sua entrada, segurança e privacidade.

Fazemos um apelo ao público para que respeitem o espaço e a privacidade de Sean e David neste momento delicado".

Decisão da Justiça

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador federal PauloEspirito Santo, determinou, nesta quarta-feira (23), que o menino Sean Goldman, de 9 anos, seja entregue voluntariamente até as 9h de quinta-feira (24) ao Consulado dos Estados Unidos, no Rio de Janeiro.

A ordem atende à determinação do presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, que suspendeu liminar do próprio Supremo.

O advogado dos Bianchi, Sérgio Tostes, disse, nesta quarta-feira (23), que não vai recorrer da decisão do STF. Segundo ele, a família decidiu dar prioridade ao bem estar e a uma transição suave da guarda da criança.

Ainda não está decidida a data em que Sean viajará para os Estados Unidos. Segundo o advogado, tudo vai depender do entendimento com o pai biológico do menino.

David Goldman se disse feliz com a decisão do STF, que suspendeu na terça a liminar que garantia a permanência do garoto no Brasil. A informação é de seu advogado, Ricardo Zamariola. Em entrevista à rede de TV americana NBC, o americano declarou que o Brasil "terá um futuro melhor honrando o império da lei".

Por outro lado, a avó brasileira, Silvana Bianchi, afirmou em entrevista ao G1 que a ordem judicial atende a interesse político e econômico. "Estou chocada, triste, decepcionada e envergonhada."

Na terça, ela havia divulgado carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo que o menino seja ouvido pela Justiça e reitera o desejo de que o neto permaneça no Brasil. "Tentar tirar uma criança de 9 anos do convívio da família com a qual vive há 5 anos ininterruptamente e especialmente de perto de sua irmã, Chiara, de 1 ano e 3 meses, que tem em Sean seu grande amparo, justamente na véspera do Natal, representa uma desumanidade", diz Silvana.

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