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| Foto: Scott Olson/AFP

”Semanas e semanas” de trabalho serão necessárias para se controlar os imensos incêndios que estão devastando as florestas em torno da cidade canadense de Fort McMurray, avaliou na sexta-feira (6) o diretor de controle de incêndios da província de Alberta, Chad Morrisson.

Após sete dias infernais, uma mudança na direção do vento permite pensar em uma melhoria na situação, depois de cerca de 2 mil residências serem destruídas, levando à evacuação dos 100 mil habitantes de Fort McMurray.

Os incêndios “se propagam em direção ao nordeste, afastando-se de Fort McMurray [...] e das maiores zonas industriais”, disse a primeira-ministra de Alberta, Rachel Notley, à rede estatal CBC.

A partir de domingo, mais de mil quilômetros de florestas foram destruídos em Alberta, uma área equivalente a dez cidades de Paris.

Nesta sexta-feira (6), havia 40 incêndios florestais ativos em Alberta, incluindo cinco fora de controle, combatidos por 1.200 bombeiros, auxiliados por 110 helicópteros, 27 aviões-tanque e 295 escavadeiras.

Enquanto os incêndios continuam na zona de Fort McMurray, as autoridades dão prioridade à retirada de milhares de pessoas em caravanas de automóveis, rumo a Edmonton, capital da província.

Em uma operação de grande envergadura, que deve durar quatro dias, cerca de 18 mil pessoas foram retiradas dos acampamentos de refugiados ao norte da cidade, auxiliados por companhias petrolíferas, onde haviam ficado confinadas pelo avanço do fogo desde o começo da semana.

“A primeira tarefa é garantir a segurança da população, especialmente dos 25 mil habitantes de Fort McMurray, que estavam refugiados ao norte da cidade. Cerca de sete mil foram evacuados por uma ponte aérea na quinta-feira (5)”, disse a primeira-ministra da província de Alberta, Rachel Notley.

Um primeiro grupo de automóveis saiu ainda cedo nesta manhã, liderado por uma patrulha policial para atravessar a cidade, segundo imagens transmitidas pela televisão.

Três helicópteros da Força Aérea sobrevoaram a rodovia 63, encarregados de dar o alerta caso as chamas se aproximassem demais das caravanas. Unidades da Polícia também foram deslocadas para os cruzamentos. Em parte, a missão dos policiais é advertir contra qualquer avanço do fogo que ameace a travessia, assim como evitar que algum motorista abandone a caravana para tentar voltar para sua casa para recuperar algum objeto esquecido.

“Os incêndios continuam fortes e não esperamos chuvas nos próximos dias”, advertiu o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em entrevista coletiva.

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