
Andreas Lubitz, copiloto alemão que derrubou em março um avião da Germanwings com 150 pessoas a bordo na região dos alpes na França, ensaiou seu suicídio no voo de ida da aeronave, afirmaram os investigadores do acidente. Segundo eles, o fato não tinha como ser detectado.
Nem os tripulantes, nem o controle aéreo francês e nem os ocupantes do avião perceberam que Lubitz programou o avião para que baixasse até a altura mínima possível, 100 pés, cerca de 30 metros, em cinco ocasiões durante o voo entre Düsseldorf, na Alemanha, e Barcelona, na Espanha, no dia 24 de março.
Lubitz teria feito os testes enquanto o piloto estava fora da cabine. Após os testes, momentos antes de o piloto voltar a seu posto, Lubitz voltou a situar o avião em sua altura normal, prévia ao início da manobra de aterrissagem, que aconteceu sem problemas às 7h57.
Às 9h, o avião decolou de Barcelona com destino a Düsseldorf e 41 minutos mais tarde caiu na montanha depois que o copiloto, outra vez sozinho na cabine, voltou a dirigi-lo a uma altura de 100 pés.
Suspeita-se que Lubitz quisesse testar os mecanismos de controle da aeronave para ensaiar a derrubada do avião. No entanto, as autoridades não descartam que a manobra não tenha sido somente um ensaio, mas sim uma primeira tentativa de derrubar o avião.
O relatório preliminar publicado ontem abre a porta para fase seguinte das investigações, que passa por “examinar o sistema de avaliação de atitude dos pilotos” de linhas aéreas, segundo Remi Jouty, diretor do Escritório de Investigação e Análise (BEA), órgão francês que investiga o acidente.
A informação das caixas-pretas do avião, cruzada com as comunicações com o centro de controle francês, evidenciaram que Lubitz ensaiou o choque voluntário do avião que realizou horas mais tarde no voo de retorno a Düsseldorf.
“Temos que tentar determinar como é possível que um piloto com problemas psicológicos possa estar na cabine de comando apesar de haver todo um sistema de acompanhamento”, afirmou Jouty,



