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O Irã e a Coreia do Norte estão trabalhando juntos no desenvolvimento de mísseis balísticos e já conseguiram um progresso significativo no programa, disse um comandante da agência de defesa do Pentágono nesta quinta-feira.

"Há de fato um esforço internacional entre os dois países para desenvolver a tecnologia de mísseis balísticos", disse o tenente-general do Exército Patrick O'Reilly, em um fórum no Capitólio.

O Irã e a Coreia do Norte estão em litígio com boa parte da comunidade internacional por causa dos programas nucleares desenvolvidos pelos dois países - os norte-coreanos chegaram a testar uma bomba atômica. Ambos demonstraram ter capacidade para lançar mísseis com mais de um estágio, passo importante para sistemas mais avançados.

Eles compartilham informações sobre aviação e propulsão, entre outras coisas, disse O'Reilly.

"Temos visto isso há anos, e continua", afirmou, sobre a cooperação entre a Coreia do Norte e o Irã, cujos mísseis Shahab têm sido amplamente relacionados a projetos norte-coreanos.

A capacidade dos dois países de disparar mísseis com um segundo estágio representa um "passo significativo" para ambos, acrescentou o militar.

Questionado sobre qual país estaria mais à frente no desenvolvimento de mísseis, ele disse que há uma "corrida de cavalos" sem um líder claro.

Outros especialistas afirmam que o Irã já demonstrou ter mais conhecimentos, com o teste de um foguete com alcance provado de cerca de 1,9 mil quilômetros -suficiente para chegar a Israel, bases norte-americanas no Golfo ou ao sul da Europa.

O Centro Nacional de Inteligência Aeroespacial da Aeronáutica norte-americana calcula que o Irã, com a ajuda de agentes externos, pode conseguir montar em seis anos um míssil capaz de atingir os Estados Unidos.

O relatório do órgão, tornado público pela Federação de Cientistas Norte-Americanos, afirma que a Coreia do Norte continua a trabalhar no Taepodong 2, que "poderia atingir os Estados Unidos com matéria nuclear", transformado-se em um míssil intercontinental.

O governo Obama pediu ao Congresso 7,8 bilhões de dólares para a Agência de Defesa contra Mísseis no ano fiscal de 2010, 1,2 bilhão de dólares a menos do que em 2009. O Congresso estuda acrescentar mais recursos.

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