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Foto tirada em 29 de novembro de 2017 mostra o lançamento do míssil Hwasong-15, que é capaz de atingir os Estados Unidos | AFP
Foto tirada em 29 de novembro de 2017 mostra o lançamento do míssil Hwasong-15, que é capaz de atingir os Estados Unidos| Foto: AFP

A Coreia do Norte não abandonou seu programa nuclear e está violando as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) ao "aumentar a transferência ilícita feita de navio para navio de produtos derivados de petróleo", segundo relatório da própria ONU. 

Um resumo do documento que foi enviado ao Conselho de Segurança na sexta-feira e obtido pela Associated Press mostra que a Coreia do Norte também está violando as sanções ao transferir carvão no mar e desrespeitando um embargo de armas. 

A Coreia do Norte "não parou seus programas nuclear e de mísseis" e continua desafiando as sanções. Os especialistas que assinam o relatório afirmam que a Coreia do Norte tentou vender armas de pequeno porte e outros equipamentos militares por meio de intermediários estrangeiros, incluindo traficantes sírios. 

Leia também: ï»¿Coreia do Norte está produzindo novos mísseis balísticos intercontinentais

Companhias, pessoas e outras entidades na Ásia continuarão a ser investigadas pela aquisição de centrífugas para o programa nuclear da Coreia do Norte e pela tentativa de venda de equipamentos militares para governos e grupos armados no Oriente Médio e na África. 

O Conselho de Segurança impôs sanções à Coreia do Norte pela primeira vez após o teste nuclear de 2006 e as endureceu cada vez mais em resposta a testes subsequentes. 

Pressão diplomática e econômica 

“Tenho enfatizado a importância de manter a pressão econômica e diplomática em relação à Coreia do Norte, para alcançar a desnuclearização definitiva da Coreia do Norte, conforme acordado pelo presidente Kim”, disse o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, durante a conferência anual da Associação das Nações do Sudoeste Asiático (Asean). 

Ele e o ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte, Ri Yong Ho, se aproximaram para um aperto de mão público e trocaram cumprimentos promissores com grandes sorrisos. Segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, Pompeo sugeriu que eles se reunissem em breve, e Ri concordou, acrescentando: "Há muitas conversas produtivas a serem realizadas." 

O embaixador dos EUA nas Filipinas, Sung Kim, aproveitou a reunião internacional para entregar uma carta do presidente norte-americano, Donald Trump, ao ditador norte-coreano, Kim Jong-um. 

Apesar de o conteúdo não ter sido divulgado, Pompeo tuitou no sábado que a carta era a resposta de Trump a uma encaminhada por Kim na semana passada.

Em um tuite nesta semana, o presidente descreveu a carta do líder norte-coreano como sendo “legal”. E acrescentou: “estou ansioso para vê-lo em breve!” 

Críticas norte-coreanas 

Embora tenha dito que o governo norte-coreano continua comprometido com uma declaração conjunta que se seguiu a uma cúpula entre Trump e Kim em junho, Ri criticou a Casa Branca por insistir em manter as sanções até que o desarmamento seja concluído e exigiu medidas de "confiança" ao longo das negociações. 

"O que é alarmantesão os movimentos insistentes manifestados nos Estados Unidos para voltar ao passado, indo longe da intenção de seu líder", disse Ri. 

A retórica divergente ressaltou as dificuldades que marcaram tentativas anteriores de persuadir a Coréia do Norte a abandonar seus programas nucleares e de mísseis. Também foi uma lembrança da última visita de Pompeo à Coréia do Norte em julho, quando declarou que as reuniões entre os dois países foram produtivas, mas a Coreia do Norte, horas depois, disse que a abordagem dos Estados Unidos era "parecida com a de um gângster"

Negociadores anteriores viram mudanças de humor similares em Pyongyang. Este é o estilo de negociação da Coréia do Norte e indica que qualquer negociação provavelmente levará muitos meses, se não anos.

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