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A Coréia do Norte parece estar pronta para abandonar a fonte de seu plutônio, mas ainda falta muito até o país livrar-se por completo de seu programa de armamentos nucleares, afirmou um enviado da Coréia do Sul nesta sexta-feira.

Em um importante acordo selado no começo deste mês, a empobrecida Coréia do Norte aceitou fechar seu principal reator nuclear, fonte do material físsil usado na fabricação de bombas, em troca de receber inicialmente 50 mil toneladas de combustível ou uma ajuda de valor semelhante.

O acordo foi firmado em meio a negociações que envolvem a participação de seis países - as duas Coréias, os EUA, a China, a Rússia e o Japão.

- Eles tomaram a decisão de descartar ao menos os programas nucleares existentes e as instalações. Isso significa abrir mão de qualquer produção adicional de plutônio - disse Chun Yung-woo, principal enviado da Coréia do Sul às negociações.

Segundo Chun, o acordo assinado em Pequim prevê que, o quanto mais rápido e mais amplamente a Coréia do Norte fechar seu único reator nuclear em atividade e suas instalações de reprocessamento, mais ajuda receberá.

- O fato de eles terem optado pelo princípio do 'mais é mais' significa que estão prontos para percorrer todo o caminho rumo à desmobilização. De toda forma, ainda temos muito que fazer e muitos desafios a enfrentar - afirmou Chun a respeito do final do programa de armas nucleares da Coréia do Norte.

O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, um crítico duro dos líderes norte-coreanos, disse em Sydney, na sexta-feira, que o acordo selado com a Coréia do Norte era um passo rumo ao desarmamento. Mas ressaltou haver dúvidas sobre se o país levaria adiante a implementação dele.

- Em vista do teste com míssil realizado em julho passado, do teste com uma bomba nuclear em outubro e do passado de proliferação (de armas) e de abuso dos direitos humanos, o regime de Pyongyang ainda tem muita coisa para provar - afirmou o vice-presidente. - Ainda assim, esse acordo representa o primeiro passo auspicioso rumo a um futuro melhor para a população da Coréia do Norte - acrescentou.

Segundo Chun, grupos de trabalho devem se reunir em breve para discutir os detalhes da implementação do acordo. Como parte desse processo, o principal enviado da Coréia do Norte para as negociações envolvendo os seis países viajaria para os EUA, disse.

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