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Kim Jong-un em reunião de emergência com membros das forças armadas norte-coreanas nesta sexta-feira (21) | KCNA/REUTERS
Kim Jong-un em reunião de emergência com membros das forças armadas norte-coreanas nesta sexta-feira (21)| Foto: KCNA/REUTERS

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou nesta quinta-feira (20) que as tropas do país se preparassem para atacar a Coreia do Sul, depois de uma troca de artilharia entre os dois vizinhos asiáticos motivada por alto-falantes instalados na fronteira.

Segundo a agência estatal de notícias KCNA, Pyongyang declarou um “quase estado de guerra” após uma reunião de emergência da cúpula militar, dando um ultimato para que Seul desative os alto-falantes que emitem críticas ao país comunista.

Coreia do Sul evacua fronteira após troca de disparos com Pyongyang

Mais cedo, a Coreia do Norte lançou um projétil na direção de um alto-falante sul-coreano

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As tropas norte-coreanas foram orientadas a entrar em ação na madrugada de sábado (horário local) “para destruir as ferramentas de guerra psicológica [alto-falantes] caso o inimigo não interrompa a emissão de propaganda”.

Desativados por 11 anos, esses equipamentos foram reativados recentemente após trocas de acusações entre os dois países sobre a instalação indevida de minas terrestres em uma região desmilitarizada na fronteira.

No início do mês, explosões de minas terrestres feriram dois soldados sul-coreanos, irritando Seul.

O Ministério da Defesa sul-coreano rejeitou o ultimato de Pyongyang, dizendo que manterá ligados os alto-falantes até que o país comunista admita sua responsabilidade pelas minas terrestres. O regime norte-coreano nega ter instalado os artefatos.

A tensão entre as Coreias se intensificou nesta quinta-feira (20) após as Forças Armadas norte-coreanas dispararem um foguete em direção à fronteira em retaliação contra os alto-falantes. A Coreia do Sul respondeu disparando dezenas de projéteis contra o país vizinho.

As hostilidades levaram a Coreia do Sul a orientar moradores de localidades próximas à fronteira a deixar suas casas e se dirigir para abrigos.

Ambos os lados afirmaram que não houve feridos ou danos em seu território, indicando que os ataques foram somente um alerta.

Trocas de artilharia na fronteira entre os dois países vizinhos ocorreram diversas vezes nos últimos anos.

As hostilidades ocorrem desde a Guerra da Coreia, que terminou em 1953 com um armistício, não um tratado de paz. Tecnicamente, a península da Coreia vive até hoje em estado de guerra.

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