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Pandemia

Coronavírus: países discutem riscos da retomada de aulas enquanto há temor de nova onda

Para Reino Unido, riscos da retomada de aulas apesar da pandemia do coronavírus são pequenos
Para Reino Unido, riscos da retomada de aulas apesar da pandemia do coronavírus são pequenos (Foto: OLI SCARFF/AFP)

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Em documento assinado pelos chefes dos serviços médicos da Inglaterra, do País de Gales, da Escócia e da Irlanda do Norte, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido afirma que os riscos para crianças e seus familiares decorrentes da reabertura das escolas em meio à pandemia de coronavírus é pequeno, e menor do que os problemas educacionais causados pelo fechamento dos estabelecimentos.

"Muito poucos, se algum, crianças ou adolescentes terão problemas a longo prazo decorrentes da Covid-19 apenas por voltar à escola. Isso deve ser comparado à certeza de danos a longo prazo a muitas crianças e jovens por não irem à escola", afirma o texto.

A argumentação é de que crianças em idade pré-escolar têm menores chances de contrair a doença, são menos internadas por causa dela e estatisticamente têm quadros menos graves do que pessoas mais velhas.

Ainda de acordo com o documento, que cita dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), professores e funcionários das escolas o mesmo risco de contágio que trabalhadores de outras atividades. Para os pais de alunos, o risco de é mais baixo do que o de transmissão por outros adultos.

Neste domingo, o Reino Unido registrou 1.041 novos casos da covid desde ontem, elevando o total a 325.642. Foram 6 novas mortes, e o total chega a 41.429.

Na Itália, que pretende reabrir escolas nas próximas semanas, o governo da Sicília ordenou que todas as casas para migrantes na ilha sejam fechadas até amanhã. Entretanto, embora alguns migrantes tenham testado positivo para o vírus, a maior parte da recente alta de casos veio de viajantes retornando de resorts no Mar Mediterrâneo e da Sardenha. A Itália tem 258.136 casos confirmados até hoje. A alta registrada ontem, de 1.071 casos, foi a maior desde meados de maio.

Nos Estados Unidos, o Estado da Flórida ultrapassou a marca de 600 mil casos da doença ao reportar 2.974 novas confirmações. Apesar de chegar a 600.571 mil casos, a região teve um dos dias com o menor número de novos casos em dois meses. O número de pacientes internados com a doença, que chegou a mais de 9,5 mil em 23 de julho, caiu para 4.578 neste domingo.

No Peru, a fuga coletiva após a chegada da polícia a uma casa noturna que funcionava irregularmente deixou ao menos 13 mortos, de acordo com as autoridades. A discoteca Thomas, em Lima, recebia cerca de 120 pessoas para uma festa na noite de sábado, mesmo com o funcionamento deste tipo de estabelecimento proibido pelo governo desde março por causa da pandemia.

De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o Peru está atrás apenas do Brasil na América Latina em número de casos confirmados, com 576.067. As confirmações diárias dobraram nas últimas semanas, para mais de 9 mil, após a redução de algumas medidas de quarentena.

Nova onda do coronavírus causa preocupação na Ásia, Oceania e Europa

A situação do coronavírus na Ásia e na Oceania continua a mostrar países em diferentes estágios. Na China, primeiro epicentro da pandemia no mundo, a Comissão Nacional de Saúde reportou neste domingo 12 novos casos da doença, todos eles importados, e nenhuma morte. Já na vizinha Coreia do Sul, foram 397 novos casos nas últimas 24 horas. Foi o terceiro dia seguido com mais de 300 novos casos confirmados, a maior parte deles na região da capital, Seul.

Com a segunda onda de infecções no país asiático, as autoridades sul-coreanas proibiram grandes aglomerações, fecharam focos da vida noturna, praias e igrejas, e proibiu plateias nas competições esportivas. Embora a região de Seul seja a mais afetada, a pandemia está se espalhando para outras grandes cidades do país, como Busan e Daegu, que havia controlado a situação em abril com uma massiva testagem da população e o rastreamento de pessoas contaminadas.

Na Índia, as autoridades de saúde reportaram 69.239 novos casos da covid-19 e 912 mortes em decorrência da doença neste domingo. Com isso, o país chegou a 3,044 milhões de casos, e liderou o número de novas infecções no mundo com a difusão do novo coronavírus em suas áreas rurais e também na região Sul do país, que tem uma população de maior renda, mas também mais velha.

Já na Austrália, o estado de Victoria teve mais de 200 novos casos pela primeira vez em três dias, com 208 novas infecções, e 17 novas mortes, elevando o total estadual a 415. O governo da região tem conduzido testes massivos na população e orientado que os habitantes continuem usando máscaras em público. A expectativa é que as medidas de quarentena em vigor no local sejam retiradas no próximo mês.

Na Europa, onde também há preocupações com uma nova onda de infecções pelo vírus, a Áustria restringiu o tráfego em sua fronteira Sul após a imposição de medidas de segurança a todos os visitantes do país. De acordo com a Austria Press Agency, a polícia restringiu a entrada por 12 horas em meio ao retorno de viajantes que estavam na Croácia e na Eslovênia. O aumento de casos no país tem sido atribuído a este movimento de retorno.

Em todo o mundo, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, são 23,235 milhões de casos confirmados da Covid-19, e 805.176 mortes. Nos dois parâmetros, os Estados Unidos e o Brasil seguem sendo os países mais afetados pela pandemia.

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