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O presidente da França, Emmanuel Macron, fala com a imprensa sobre as medidas para conter novo avanço do coronavírus no país. Foto de 23 de outubro de 2020.
O presidente da França, Emmanuel Macron, fala com a imprensa sobre as medidas para conter novo avanço do coronavírus no país. Foto de 23 de outubro de 2020.| Foto: AFP

Com a adoção de toques de recolher em novas regiões da França e da Itália, o retorno do confinamento geral no País de Gales e o aumento das restrições em outras áreas do Reino Unido e da Espanha, a Europa reforça, a partir desta sexta-feira (23), medidas para tentar frear a segunda onda da pandemia de Covid-19 no continente.

No momento, segundo o Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças (ECDC), a evolução da pandemia está gerando "grave preocupação" em 23 países da União Europeia (UE), assim como no Reino Unido. Somente Finlândia, Chipre, Estônia e Grécia estão fora dessa relação. Há um mês, apenas sete países europeus estavam na lista vermelha.

Nesta sexta-feira (23), o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que o "número real" de pessoas infectadas pelo coronavírus no país passa de três milhões, embora oficialmente o país tenha registrado um milhão de casos. O chefe de governo explicou que a grande diferença ocorre pelo fato de que, no início da pandemia, a detecção era deficiente e, agora, "70% dos casos são diagnosticados".

Antes do discurso de Sánchez, as autoridades de várias das 17 regiões autônomas da Espanha anunciaram novas restrições. Algumas, inclusive, pediram ao Executivo central a adoção de um toque de recolher. A Espanha é um dos países mais afetados pela Covid-19, com mais de 34,5 mil vítimas fatais.

Natal digital?

No Reino Unido, que soma mais de 44 mil mortes provocadas pela doença, entra em vigor em Gales um segundo confinamento geral nesta sexta-feira (23). A região será a primeira do território a adotar a medida drástica, e seus mais de três milhões de habitantes terão de "permanecer em casa" até 9 de novembro.

Na Inglaterra, o governo de Boris Johnson tenta evitar um novo confinamento geral. Mais da metade de seus 56 milhões de habitantes vive, porém, em zonas com estado de alerta elevado e com importantes restrições. Na quinta-feira (22), Jason Leitch, um dos coordenadores de Saúde da Escócia, advertiu que os cidadãos devem se preparar para um "Natal digital".

Também na quinta-feira a Irlanda se tornou o primeiro país europeu a adotar novamente o confinamento completo da população por seis semanas. O comércio não essencial permanecerá fechado, mas as escolas seguem abertas.

O confinamento também se aproxima de Portugal, onde três municípios do norte do país, com 150 mil habitantes, adotam a medida a partir desta sexta-feira (23).

Mais de 40 mil novos casos diários na França

Na França, os números aumentam a cada dia que passa e nas últimas 24 horas foram diagnosticados mais de 41,6 mil casos, 15 mil a mais que no dia anterior, um recorde. O governo ampliou o toque de recolher noturno que já era aplicado em Paris e nas principais cidades do país para outras regiões. A medida afetará 46 milhões de pessoas, dois terços da população, por seis semanas.

Na Itália, a região de Lazio, onde fica Roma, instaura um toque de recolher a partir de sexta-feira (23), entre 23h e 5h, por 30 dias. A região se une à Campânia (sul) e à Lombardia (norte), que adotaram medidas similares.

A situação também é grave no leste da Europa. A República Tcheca iniciou um confinamento parcial que deve prosseguir até 3 novembro. Já na Polônia o primeiro-ministro anunciou que todo o país entra em "zona vermelha", com fechamentos parciais de escolas do Ensino Básico e de restaurantes. Nas últimas 24 horas o país de 38 milhões de habitantes registrou 13.632 novos casos um recorde. Na vizinha Eslováquia, o primeiro-ministro anunciou um toque de recolher noturno parcial a partir de sábado (24).

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