Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Julgamento

Corte de Mianmar rejeita testemunhas de defesa de Suu Kyi

Críticos dizem que intuito é sabotar sua defesa em um julgamento que pode condená-la. Suu Kyi esteve detida pela junta militar por mais de 13 anos dos últimos 19 anos

Ativistas de Mianmar realizam protesto em prol da ativista Aung San Suu Kyis em Mianmar, Bangcoc | Sukree Sukplang / Reuters
Ativistas de Mianmar realizam protesto em prol da ativista Aung San Suu Kyis em Mianmar, Bangcoc (Foto: Sukree Sukplang / Reuters)

Uma corte em Mianmar rejeitou a maior parte das testemunhas da líder opositora Aung San Suu Kyi nesta quarta-feira (27), uma decisão que para críticos teve intuito de sabotar sua defesa em um julgamento que pode condená-la a mais cinco anos de detenção.

A corte autorizou somente uma das quatro testemunhas requisitadas pela sua equipe de defesa, a advogada Kyi Win, que testemunhará na quinta-feira quando o julgamento recomeçar. Suu Kyi esteve detida pela junta militar por mais de 13 dos últimos 19 anos.

"É muito injusto", disse Nyan Win, da equipe de defesa de Suu Kyi, após sessão fechada na prisão de Insein, em Yangon.

Críticos dizem que o julgamento é uma maneira de manter a carismática líder da Liga Nacional para Democracia (LND) em detenção durante eleições no próximo ano que, de acordo com eles, pode aumentar o poder dos generais após quase 50 anos de governo militar.

A corte barrou, sem explicar os motivos, o membro sênior do LND Win Tin, o vice-diretor do partido, Tin Oo, que está sob prisão domiciliar desde 2003, e outro advogado como testemunhas de defesa.

A acusação teve 23 testemunhas autorizadas, mas chamou apenas 14.

"Se o julgamento continuar tão rápido, podemos esperar um veredicto na sexta-feira", disse Nyan Win.

Suu Kyi, de 63 anos, é acusada de violar os termos de sua prisão domiciliar por autorizar um norte-americano a ficar por dois dias em sua casa, na capital, no dia 4 de maio.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.