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Visão geral de um bairro de Tombuctu, no Mali, em 1974 | H. Grobe/Wikicommons
Visão geral de um bairro de Tombuctu, no Mali, em 1974| Foto: H. Grobe/Wikicommons

A procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, tentará, a partir desta terça (1º), convencer o alto tribunal a julgar um chefe tuaregue do Mali pela destruição de vários mausoléus da histórica cidade de Tombuctu.

Ahmad Al Faqi Al Mahdi, um dos líderes do Ansar Dine, um grupo islamita radical malinês associado à Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), dirigia a “brigada de costumes” (“Hesbah”) da cidade quando ela estava nas mãos dos terroristas.

Ele é acusado de ter dirigido pessoalmente os ataques em 2012 contra dez edifícios religiosos do centro histórico em Tombuctu, incluído na lista de Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

Al Faqi é o primeiro terrorista detido pelo TPI no âmbito da investigação sobre a violência entre 2012 e 2013 no Mali e o primeiro acusado pelo tribunal por destruir edifícios religiosos e monumentos históricos.

“É a primeira vez que a destruição de monumentos históricos e religiosos é central na acusação”, afirmou a ONG Open Society Justice Initiative.

A cidade de Tombuctu, fundada entre os séculos 11 e 12 por tribos tuaregues, foi um grande centro intelectual e comercial do islã.

Em 2012, a destruição por parte do Ansar Dine, em nome da “luta contra a idolatria”, de 14 mausoléus de santos muçulmanos provocou uma onda de indignação em todo o mundo.

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