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Violência

Corte Suprema e tevê são alvo de ataques em Honduras

Presidente interino denuncia plano para matá-lo no dia das eleições, marcadas para o próximo domingo

Apoiadores de Porfirio Lobo Sosa, o favorito nas pesquisas, intensificam campanha. Base de Zelaya pede boicote | Orlando Sierra/AFP
Apoiadores de Porfirio Lobo Sosa, o favorito nas pesquisas, intensificam campanha. Base de Zelaya pede boicote (Foto: Orlando Sierra/AFP)

Tegucigalpa - Em meio a chamados cruzados para apoiar e boicotar as eleições de domingo em Honduras, a Corte Suprema de Justiça e um estúdio de tevê foram atacados respectivamente com lança-granadas e uma bomba de fabricação caseira na madrugada de on­­tem, provocando pequenos da­­nos materiais.

O ataque ao órgão máximo do Judiciário, cuja segurança tem sido feita por soldados, ocorreu por volta das 3h40. O impacto abriu um buraco de cerca de um metro na parede externa e quebrou o vidro de três janelas, sem deixar feridos.

Segundo fontes militares, o explosivo foi lançado pelo lança-granadas antitanque russo RPG-7. O armamento, que não é usado pelas Forças Armadas, circula na América Central desde os anos 80, quando foi introduzido pelos "contras’’ da Ni­­carágua – mercenários recrutados pela CIA para derrubar os sandinistas – e pela guerrilha salvadorenha.

No estúdio de tevê onde é gravado o programa do jornalista Rodrigo Wong Arévalo, uma bomba de fabricação caseira foi colocada no estacionamento. Os estilhaços quebraram sete vidros do prédio de cinco andares. Tam­­pouco houve feridos.

A Corte Suprema e Wong Aré­­valo são identificados como pró-governo interino, de Roberto Micheletti, que assumiu o país após a deposição de Manuel Ze­­laya, em 28 de junho.

Plano

Ontem à noite, Micheletti de­­nunciou um plano para matá-lo, depois de a polícia anunciar a apreensão de dois fuzis, um de­­les com mira telescópica, na cidade de El Progreso, seu domicílio eleitoral.

O presidente interino não foi ontem à Casa Presidencial, no primeiro dia de sua "licença temporária’’ do Executivo, que dura até a próxima quarta-feira, dia em que o Congresso votará se Ze­­laya será restituído.

O governo interino e seus apoiadores, que incluem os principais meios de comunicação, têm feito intensa campanha pu­­blicitária para que os eleitores votem no domingo.

Já Zelaya pede que seus seguidores se abstenham, embora o principal partido que o apoia, o esquerdista Unificação Demo­­crática (UD), tenha ratificado sua participação.

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