
Criada para apurar as denúncias de monitoramento dos EUA contra o Brasil, a CPI da Espionagem no Senado vai começar seu trabalho tentando apurar fragilidades dos sistemas da Petrobras e da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
"Vamos começar pelos fatos conjunturais, em razão do leilão do campo de Libra, a joia do pré-sal, marcado para a segunda quinzena de outubro. É necessário saber de que forma a Petrobras e a ANP têm se estruturado e cuidado para a proteção de seus dados", afirmou o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito.
A própria presidente Dilma Rousseff apontou o pré-sal como principal alvo de interesse dos EUA durante reunião com ministros na semana passada sobre a espionagem da NSA.
Integrantes do governo lembraram que todas as empresas petrolíferas norte-americanas já sinalizaram a autoridades brasileiras que participarão do leilão do campo de Libra, avaliado em US$ 15 bilhões e previsto para a mesma semana em que a presidente deve ir a Washington, em outubro.
Além de ter aprovado ontem o convite para ouvir representantes da Petrobras e da ANP, os senadores aprovaram ainda requerimentos para colher depoimento dos ministros da Justiça, Defesa, Comunicações, Relações Exteriores e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Parte deles já esteve no Congresso falando sobre o tema anteriormente.
Grupo de hackers invade o site da Nasa para criticar a NSA
Um grupo de hackers supostamente brasileiro invadiu páginas do site da Nasa, a agência espacial americana, ontem de madrugada. O visitante que tentasse acessar algum dos 14 subdomínios afetados via duas janelas pop-up em inglês dizendo "não ataquem os sírios" e "EUA parem de espionar o Brasil".
No Twitter, internautas fizeram piadas sobre um possível engano dos hackers entre a Nasa e a NSA (Agência de Segurança Nacional, na sigla em inglês). Os invasores podem ter trocado a sigla da agência espacial pela da envolvida nas denúncias de espionagem contra a presidente Dilma e a Petrobras, vazadas pelo ex-técnico da CIA (agência de inteligência americana) Edward Snowden ao jornalista Glenn Greenwald, do britânico The Guardian.
O ataque foi assinado pelo hacker "#BMPoC" e outros ajudantes.



