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Os líderes mundiais começam nesta segunda-feira (22) uma semana de encontros em meio à crise financeira global. O problema no setor pode atrapalhar os esforços das Nações Unidas para conseguir bilhões de dólares para o combate à pobreza, especialmente na África. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse na semana passada temer que a atual crise econômica tenha um "impacto negativo muito sério" na capacidade das nações ricas de ajudar nas metas da ONU para melhorar a vida dos que ganham menos de US$ 1 por dia.

Antes da crise financeira iniciada nos Estados Unidos, Ban havia pedido aos líderes mundiais que chegassem um dia antes para o encontro anual. O objetivo era utilizar esse dia extra para discutir as necessidades da África. Na quinta-feira, o secretário-geral deve fazer novos comentários sobre os chamados Objetivos do Milênio. Os líderes chegam a Nova York enquanto o Congresso dos Estados Unidos discute uma proposta do governo George W. Bush de US$ 700 bilhões para comprar títulos de hipoteca podres e reanimar o mercado de crédito do país.

Hoje está prevista uma sessão de alto nível para discutir o desenvolvimento da África. Estão inscritos 106 dos 192 países membros da ONU, incluindo 34 chefes de Estado e 11 chefes de governo. Amanhã será aberta a Assembléia Geral da ONU, com um discurso do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Também falarão Ban, o presidente dos EUA, George W. Bush - em sua última aparição ante o organismo mundial -, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, também presidente de turno da União Européia. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, falará na tarde de amanhã, bem como o vice-presidente sudanês, Ali Osman Taha.

Crise

A secretaria-geral da ONU divulgou um relatório sobre a situação na África. Entre os objetivos traçados para o continente estão a queda pela metade na pobreza, a universalização da educação primária e o controle da pandemia da Aids, tudo até 2015. De acordo com o relatório, dois quintos da população africana vive com menos de US$ 1 por dia. O continente tem 12% da população mundial, mas conta com apenas 1% das riquezas produzidas no planeta.

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