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Argentina

Cristina evita falar do câncer e agradece apoio

No primeiro discurso depois da notícia que tem um tumor na tireoide, a presidente se referiu à doença apenas de forma indireta

Veja no infográfico os detalhes da doença de Cristina |
Veja no infográfico os detalhes da doença de Cristina (Foto: )
Cristina fala na Casa Rosada, ocasião em que alertou o vice para que ele

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Cristina fala na Casa Rosada, ocasião em que alertou o vice para que ele

A presidente da Argentina, Cris­­tina Kirchner, fez ontem a sua primeira aparição em público após a notícia sobre a sua cirurgia, no próximo dia 4, em consequência de um câncer na glândula ti­­reoide. Bem-humorada e sorridente, Cristina manteve o tom usual de seus discursos, agradeceu "todas as mostras de solidariedade e de apoio", mas não fez referências diretas ao câncer.

Ela brincou com o vice-presidente, Amado Boudou, que assumirá o Poder Executivo a partir do dia 4: "Cuidado com o que você vai fazer, hein!", disse, dirigindo-se a Boudou logo após comparar a atual situação com a vivida em seu primeiro mandato, no qual rompeu com o seu então vice, Julio Cobos. "É importante que o vice-presidente pense da mesma forma que a presidente eleita, porque imaginem o que poderia suceder, especialmente num mundo co­­mo o de agora, em crise, se assumisse al­­guém que defende o esfriamento da economia, a eliminação total dos subsídios", comparou a presidente.

No primeiro discurso após a notícia de que sofre de câncer, Cristina manteve o hábito de atacar a imprensa: "Imagino as manchetes da imprensa amanhã, di­­zendo que a presidente pressionou o vice-presidente para que fa­­ça o que ela quer, autoritária e hegemônica".

Cristina pediu colaboração de todos os funcionários, governadores, prefeitos e empresários pa­­ra manter o modelo de crescimento econômico da Argentina, e aproveitou para criticar alguns setores sindicais e empresariais por "pressões" para manter "privilégios", numa clara alusão às ameaças da Central Geral do Tra­­balho e ou­­tros sindicatos de fazer greve para obter reajustes elevados de salários.

Saúde

Também pediu ajuda para me­­lhorar a distribuição de renda no país e, novamente, se referiu à sua doença de maneira indireta: "Mesmo que uma pessoa só coloque sua saúde a serviço do país, sozinha com sua equipe ela não consegue resolver os problemas do país".

"Peço-lhes que não se comportem como setores, mas como parte da Argentina que somos, de 40 milhões de argentinos", pediu Cristina.

Ela agradeceu as ligações dos colegas latino-americanos e disse que o primeiro a de­­mons­­trar seu apoio foi Hugo Chávez, da Venezuela, seguido por Sebastián Piñera, do Chile.

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