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Vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, cumprimenta  apoiadores ao deixar sua residência em Buenos Aires.
Vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, cumprimenta apoiadores ao deixar sua residência em Buenos Aires.| Foto: EFE/ Enrique García Medina

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, voltou nesta segunda-feira (12) às redes sociais, das quais estava ausente desde horas antes do atentado que sofreu em 1º de setembro, e vinculou o editorial de um jornal a "discursos de ódio" apontados como motivos do ataque pelo partido governista.

A também ex-presidente (2007-2015) publicou a capa do jornal argentino Clarín no Twitter e destacou o título do editorial em vermelho: "A bala que não saiu e a decisão que sairá", em referência ao ataque do qual saiu ilesa e ao julgamento que está respondendo por possíveis irregularidades na concessão de obras públicas durante seus mandatos.

Cristina sofreu um ataque no dia 1º de setembro, quando um homem de nacionalidade brasileira que vive há 20 anos no país tentou, sem sucesso, disparar uma arma duas vezes a centímetros de seu rosto, enquanto a vice-presidente cumprimentava apoiadores que faziam uma vigília na frente da sua casa, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires.

A última vez que foi vista em público foi no dia seguinte ao ataque, quando saiu de casa e cumprimentou brevemente os apoiadores que estavam do lado de fora do prédio.

O ataque a Cristina Kirchner ocorreu em um contexto de forte tensão política entre o partido governista e a oposição, que cresceu desde 22 de agosto, quando um procurador pediu uma pena de 12 anos de prisão para a vice-presidente, além da inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos, no âmbito do julgamento que responde por corrupção.

Na mesma noite do ataque, o presidente argentino, Alberto Fernández, declarou que a convivência democrática foi "quebrada pelo discurso de ódio que se espalhou por diferentes espaços políticos, judiciais e midiáticos".

Desde então, vários líderes ligados a Cristina vincularam a tramitação dos casos na Justiça e o ataque sofrido pela vice-presidente com a "estigmatização" e "desqualificação" que se faz na mídia e chegaram a propor uma lei para regular os "discursos de ódio", embora mais tarde tenha sido deixado de lado.

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