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Igreja Católica

Vaticano divulga cronograma detalhado do funeral do papa

Novo Papa
Após morte de papa Francisco, Igreja Católica deverá anunciar em breve o novo papa (Foto: Michael Kapeller/EFE)

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O Colégio Cardinalício se reuniu para a quarta Congregação Geral, nesta sexta-feira (25), momento no qual definiram os detalhes do funeral do papa Francisco, morto aos 88 anos, no início desta semana.

Ao todo, 149 cardeais participaram da reunião do órgão, que governa a Igreja durante o período de Sede Vacante após a morte do pontífice. A Congregação começou com um momento de oração às 9h10 e durou até 12h20, com 33 intervenções dos cardeais sobre a Igreja e o mundo, segundo o Vaticano.

Ao final da reunião, segundo o Vatican News, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Arcebispo Diego Ravelli, dirigiu-se aos cardeais para passar os detalhes do rito fúnebre do papa Francisco.

Ravelli destacou que o funeral será "de um pastor e não de um soberano".

A partir das 10h (horário local, 5h de Brasília), as autoridades presentes serão organizadas de acordo com o protocolo do Vaticano. Os presidentes da Argentina - terra natal do Papa - e da Itália serão seguidos por membros das famílias reais e os demais presidentes, em ordem alfabética, segundo as informações do canal oficial da Igreja Católica.

Protocolo do funeral

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, confirmou a presença de 130 delegações, mas o número pode aumentar ao longo do dia, e alguns meios de comunicação falam em até 170, que chegarão ao longo da tarde desta sexta-feira.

Segundo Bruni, a procissão com o veículo que levará o corpo do Papa até Santa Maria Maior partirá do Portão de Perugino, em direção ao Vaticano, e não passará pela Praça de São Pedro.

As delegações entrarão pelos muros do Vaticano pela Porta do Perugino, onde estacionarão seus carros e seguirão para a Praça de São Pedro, onde entrarão por uma passagem lateral e serão recebidos pelo prefeito da Casa Pontifícia, Leonardo Sapienza, antes de serem escoltados até suas posições pela equipe do cerimonial papal.

As delegações internacionais ficarão no lado direito da praça, enquanto os cardeais ficarão no lado esquerdo.

O protocolo do Vaticano, que foi duramente testado durante o funeral de Bento XVI e a multitudinária despedida de João Paulo II - que contou com a presença de 80 chefes de Estado ou de governo -, indica que as primeiras fileiras são reservadas aos chefes de Estado, mas com prioridade para a delegação italiana, a maior com a presença do presidente, Sergio Mattarella, e da primeira-ministra, Giorgia Meloni; e a delegação argentina, país natal de Francisco, chefiada por Javier Milei.

As primeiras fileiras também são dedicadas às casas reais católicas, de modo que o rei e a rainha da Espanha serão colocados nessa posição ao lado dos outros monarcas que anunciaram sua presença, entre eles os de Bélgica, Luxemburgo e Mônaco.

Em seguida estarão monarcas não católicos, como Carl Gustav e a rainha Silvia da Suécia e o príncipe William da Inglaterra.

Em seguida, entram os presidentes, seguindo a ordem alfabética francesa. Donald Trump, junto com sua esposa Melania, estará na mesma fileira que o francês Emmanuel Macron, mas muito afastado do ucraniano Volodymyr Zelensky, que pretendia conversar com o presidente americano, mas não será uma tarefa fácil, já que o republicano pretende retornar ao seu país imediatamente após a missa.

Nas primeiras fileiras estarão também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e representantes da União Europeia - com os presidentes do Conselho, da Comissão e do Parlamento, António Costa, Ursula von der Leyen e Roberta Metsola.

Entre os chefes de Estado mais próximos do altar, ainda na primeira fila, estarão os alemães e austríacos, Frank Walter Steinmeier e Alexander van der Bellen, com os seus homólogos da Albânia, Bajram Begaj, e de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, estará na mesma área, juntamente com a governadora-geral do Canadá, Mary Simon, os chefes de Estado de Cabo Verde e Chipre, José Maria Pereira Neves e Nikos Christodoulides, e o presidente do Equador, Daniel Noboa.

Um enigma será se o ex-presidente dos EUA Joe Biden, que confirmou sua presença em Roma nesta quinta-feira devido à sua estreita relação com o papa Francisco, será incluído na delegação, mas o certo é que estará atrás de Trump.

Na terceira fila estarão ministros, outros membros das delegações e embaixadores, como Yaron Sideman, representante de Israel junto à Santa Sé.

Sepultamento do papa acontecerá em ato privado

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, afirmou que o sepultamento no túmulo do falecido Papa em Santa Maria Maior será um ato privado.

Segundo detalhes divulgados no canal oficial do Vaticano, na tarde do domingo, os cardeais irão à Basílica Mariana por volta das 16h (11h de Brasília), onde passarão pela Porta Santa, visitarão o túmulo do Papa Francisco e, em seguida, se reunirão na Capela Paulina, onde está guardado o ícone de Maria Salus Populi Romani (Salvação do Povo Romano). Em seguida, rezarão as Vésperas juntos.

Bruno enfatizou que a Basílica do Vaticano fechará às 19h (14h de Brasília) desta sexta-feira, mas a entrada na fila se encerra às 18h (13h). Às 20h (15 de Brasília), o Cardeal Camerlengo Kevin Farrell presidirá o Rito de Selamento do Caixão.

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