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Apenas apoio diplomático

Cuba descarta enviar tropas para ajudar Maduro em eventual guerra contra os EUA

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Os ditadores de Venezuela, Nicolás Maduro, e Cuba, Miguel Díaz-Canel, reunidos no ano passado. (Foto: Miguel Gutiérrez/EFE)

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O regime comunista de Cuba descartou a possibilidade de enviar tropas para apoiar a Venezuela em caso de conflito armado contra os Estados Unidos. Em entrevista concedida na semana passada ao portal Zeteo News, do jornalista Mehdi Hasan, o vice-chanceler cubano, Carlos Fernández de Cossío, afirmou que a atuação de Havana em um possível confronto se limitará ao apoio político à ditadura de Nicolás Maduro.

“Não vamos entrar em guerra com os Estados Unidos”, declarou o diplomata, reforçando que Cuba oferecerá “todo o apoio político” a Caracas, mas sem envolvimento militar.

Fernández de Cossío foi insistentemente questionado sobre a possibilidade de engajamento direto das Forças Armadas cubanas em defesa do regime chavista. O vice-chanceler deixou claro que a posição de Havana é restrita à solidariedade diplomática.

“Essa é uma pergunta muito perigosa. Não vamos entrar em guerra com os Estados Unidos. Brindaremos todo o nosso apoio a Venezuela, basicamente solidariedade política”, disse.

Durante a entrevista, o diplomata cubano expressou preocupação com a escalada de tensões na região. Segundo ele, “há uma postura ameaçadora contra a Venezuela. É muito irresponsável acreditar que se pode fazer isso [uma invasão ao território venezuelano] sem causar muitas perdas de vidas. É uma ameaça para a Venezuela, é uma ameaça para todo o continente, para toda a região”.

Questionado sobre cenários hipotéticos, como eventuais ataques a embarcações cubanas, Fernández de Cossío evitou dar respostas diretas, classificando essas hipóteses como “uma circunstância diferente”. Em outro momento, criticou a justificativa de Washington para a presença militar no Caribe, voltada ao combate ao narcotráfico.

“Todo mundo sabe que o narcotráfico não vem da Venezuela”, afirmou, defendendo o regime chavista e destacando a “paciência” de Maduro diante das pressões externas.

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