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A Suprema Corte de Cuba manteve a pena de 15 anos de prisão para o norte-americano Alan Gross, condenado por tentar instalar conexões de Internet em Cuba.

O governo cubano disse na sexta-feira que a corte manteve a conclusão do julgamento de março, de que Gross levou ilegalmente para Cuba equipamentos destinados a ampliar o acesso da população local à Internet, o que seria parte de um programa dos EUA para "subverter a ordem constitucional cubana".

A decisão deve perturbar ainda mais as relações entre os Estados Unidos e Cuba, depois de um breve período de reaproximação em 2009, depois que o presidente Barack Obama revogou restrições relacionadas a viagens e envio de remessas financeiras dos EUA para Cuba.

Washington diz que não haverá mais avanços nas relações bilaterais enquanto Cuba mantiver Gross detido. Ele já está preso há 20 meses.

"Pedimos ao governo de Cuba que liberte Alan Gross imediata e incondicionalmente, que o autorize a voltar para sua família e que dê um fim ao longo drama que começou há bem mais de um ano", disse Tommy Vietor, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional de Casa Branca.

A decisão da Suprema Corte, relativa a um apelo impetrado em 22 de julho, era o último recurso legal no processo. O resultado não foi surpreendente, embora houvesse a expectativa de que a pena pudesse pelo menos ser reduzida.

A corte rejeitou a alegação de Gross de que ele não pretendia prejudicar Cuba, e que estava apenas tentando facilitar o acesso à Internet da pequena comunidade judaica da ilha.

Ele participava de um sigiloso programa da Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA, a qual Cuba considera ser parte de prolongados esforços dos EUA contra o seu regime comunista. Havana vê a internet como um dos novos campos de batalha na guerra ideológica entre os dois países, que já dura meio século.

O programa foi criticado em Washington por sua ineficácia e pelo risco acarretado a Gross, que já participou de projetos de ajuda ao desenvolvimento em várias partes do mundo.

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