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A ditadura de Cuba prendeu nesta terça-feira (29) dois líderes opositores que haviam sido libertados há apenas três meses em um acordo com o governo dos Estados Unidos mediado pelo Vaticano.
Segundo informações da agência Reuters, Maricela Sosa, vice-presidente do Supremo Tribunal Popular de Cuba, disse que José Daniel Ferrer foi preso porque não compareceu a duas audiências judiciais obrigatórias.
Sosa também informou à Reuters que foi preso Félix Navarro, condenado a nove anos de prisão após os protestos por democracia em Cuba em julho de 2021, porque ele teria violado os termos da sua liberdade condicional ao deixar o município onde mora sem buscar autorização judicial.
No X, a irmã de Ferrer, Ana Belkis Ferrer, disse que a família do oposicionista exige a “libertação imediata dele e de todos os detidos e presos políticos”.
Ferrer, fundador do grupo de oposição União Patriótica Nacional, diz que foi preso injustamente e que por isso não precisava comparecer a qualquer audiência judicial.
Em janeiro, nos últimos dias do governo Joe Biden, os Estados Unidos fecharam um acordo com Cuba, mediado pelo Vaticano, para a libertação de 553 prisioneiros, em troca da retirada da ilha da lista americana de países apoiadores do terrorismo e da promessa de aliviar sanções.
Apesar de o novo presidente americano, Donald Trump, ter revertido essas medidas, em março a ditadura cubana informou que a libertação de todos os 553 detidos mencionados no acordo havia sido concluída.
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