
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, saudaram ontem a "Líbia livre" durante sua visita a Benghazi, a sede do movimento rebelde que derrubou o ditador Muamar Kadafi. Os líderes ocidentais, os primeiros a visitarem a Líbia após a queda do regime no final de agosto, prometeram descongelar bilhões em ativos do antigo regime que estão nos bancos europeus e também ofereceram apoio ao novo governo líbio. Mais tarde, Sarkozy e Cameron estiveram em Tripoli, onde visitaram feridos em um hospital.
Eles foram aplaudidos pela multidão, que fazia o "v" da vitória com as mãos. O premiê britânico afirmou que "é incrível estar numa Benghazi e numa Líbia livres. O povo britânico saúda sua coragem. Sua cidade é uma inspiração para o mundo", afirmou. "Kadafi disse que iria caçá-los como ratos, mas vocês mostraram a coragem de leões", afirmou Cameron em uma escola em Benghazi, para crianças que vestiam camisetas com os dizeres: "Sarkozy, Benghazi te ama" e "Gerações não esquecerão o apoio da Grã-Bretanha".
Já o presidente francês declarou: "amigos de Benghazi, nós pedimos uma coisa, acreditamos uma Líbia unida, não num país dividido".
Sarkozy e Cameron, os principais partidários da intervenção ocidental na Líbia, prometeram apresentar hoje o esboço de uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabeleça uma missão de reconstrução da ONU, libere ativos congelados, elimine a zona de exclusão aérea para voos civis e suspenda o embargo internacional de armas.
A visita dos dois líderes marca a consolidação da autoridade rebelde, embora confrontos ainda aconteçam em redutos ligados a Kadafi como Sirte, Sabha e Bani Walid. Sarkozy e Cameron disseram que ajudarão o governo líbio a e procurar Kadafi.



