De olho nas eleições, Biden tenta baixar o preço dos combustíveis

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O governo dos Estados Unidos anunciou a venda de 15 milhões de barris de petróleo de sua reserva estratégica para tentar baixar o preço do combustível antes das eleições legislativas de 8 de novembro, nas quais os democratas disputam o controle do Congresso.

Em uma conversa por telefone com jornalistas, a Casa Branca informou que o Departamento de Energia venderá esses 15 milhões de barris (a última parte de um total de 180 milhões que o presidente Joe Biden aprovou em março) para entrega em dezembro.

Além disso, Biden pediu ao Departamento de Energia que esteja preparado para vender mais barris do fundo de reserva durante o inverno, se necessário, para combater o aumento dos preços.

Atualmente, as reservas estratégicas de petróleo bruto dos EUA acumulam aproximadamente 400 milhões de barris.

O governo americano também anunciou que pretende recomprar este petróleo para suas reservas quando os preços se situem entre US$ 67 (R$353,77) e US$ 72 (R$  380,17) o barril, e vai pedir às petrolíferas que baixem o preço que cobram aos consumidores.

Embora essas medidas já tenham sido antecipadas na teleconferência desta terça-feira, será o próprio Biden quem as oficializará na quarta-feira, juntamente com mais ações para baixar o preço da gasolina no país.

"Haverá um anúncio amanhã na política do presidente sobre qual é o próximo passo à frente e o que ele fará para dar algum alívio ao povo americano", declarou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em sua entrevista coletiva diária.

Os preços da gasolina nos Estados Unidos aumentaram na semana passada depois que a aliança Opep+, liderada por Arábia Saudita e Rússia, decidiu reduzir sua produção em 2 milhões de barris por dia, o que representa o maior corte na oferta de petróleo desde maio de 2020.

Os preços médios da gasolina nos EUA estão atualmente em US$ 3,87 (R$ 20,43) por galão (3,78 litros), um valor significativo, mas abaixo da alta recorde de US$ 5,02 (R$ 26,50) por galão alcançada em junho, segundo a Associação Automobilística Americana (AAA).