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Impelidas pela crise nuclear no Japão, as potências mundiais prometeram 550 milhões de euros (780 milhões de dólares) na terça-feira para ajudar a construir uma nova capa de contenção no local do acidente de 1986 em Chernobyl.

A Ucrânia esperava obter 740 milhões de euros dos governos e organizações internacionais reunidos numa conferência em Kiev para marcar os 25 anos do pior acidente nuclear do mundo.

As autoridades presentes à conferência se mostraram otimistas de que mais fundos serão obtidos para tornar o local de Chernobyl mais seguro.

"Isso foi o que fomos capazes de arrecadar por meio de esforços conjuntos - e consideramos esse número uma estimativa preliminar - 550 milhões de euros", disse o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, ao final da conferência.

A comunidade internacional já havia colocado uma parcela dos 1,39 bilhão de euros para a construção de uma nova capa de contenção e de instalações para abrigar lixo radioativo proveniente do reator.

Embora a soma prometida tenha ficado aquém dos 740 milhões de euros ainda necessários, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que é possível que o "objetivo muito ambicioso" da conferência seja atingido.

Ministros e autoridades dos países que formam o Grupo dos Oito e da União Europeia assumiram a liderança da conferência, dizendo estarem prontos para financiar uma nova capa gigante para colocar sobre o reator de Chernobyl que explodiu em 1986, lançando radiação pela Europa.

O plano é construir uma estrutura de 110 metros de altura sobre o reator número 4 de Chernobyl, que explodiu depois de um experimento de segurança ter apresentado problemas.

Os delegados também expressaram solidariedade aos esforços de Tóquio para controlar a crise na usina de Fukushima, danificada por um terremoto e tsunami em março.

O embaixador do Japão disse na conferência que "sob as circunstâncias desafiadoras", Tóquio não seria capaz de prometer fundos adicionais ao esforço de Chernobyl.

Tanto a crise de Chernobyl como a de Fukushima mostraram que "os acidente nucleares não respeitam as fronteiras", disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

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