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O presidente argentino, Javier Milei, que viajou à Roma para o funeral de papa Francisco, relembrou o pedido de perdão acatado pelo pontífice. Ex-crítico contumaz de Francisco, o mandatário argentino, antes de alcançar a presidência, chegou a definir o papa como "representante do maligno na terra".
Em entrevista à Rádio Mitre, Milei reafirmou a nova posição de considerar o Jorge Mario Bergoglio como "o argentino mais importante da história" e relembrou o encontro entre os dois no dia 12 de fevereiro de 2024, onde diz que foi perdoado.
"Sim, claro que me desculpei. E ele disse: 'Não fique chateado, esses são erros de juventude.'" Acho que foi um pouco mais. Se bem me lembro, ele disse: "Quando somos jovens, todos fazemos coisas estúpidas", Milei relembrou, rindo, seu encontro com o Papa.
"Tomei consciência disso quando me tornei presidente . A responsabilidade por 46 milhões de seres humanos. E é uma responsabilidade que me obriga a trabalhar das 6h às 10h. Digamos, das 10h à meia-noite. E a realidade é que isso nos faz imaginar a responsabilidade de uma pessoa cujos fiéis somam cerca de 2 bilhões de seres humanos", disse.
Milei também falou sobre o papel de seu país com o papa durante o período que Francisco esteve na liderança da Igreja Católica. Para o mandatário "fizemos algo errado, e é por isso que ele nunca quis vir para a Argentina. A perda de um ser humano é sempre extremamente dolorosa. É doloroso que o argentino mais importante da história tenha falecido." Durante o papado, Jorge Mario Bergoglio fez 47 viagens internacionais, mas não chegou a ir à Argentina, sua terra natal.
Milei completou a entrevista dizendo que "foi muito divertido conversar com ele [papa]. Os momentos em que interagi foram muito agradáveis. Aqueles 70 minutos foram muito divertidos”.
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