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Guerra

Democratas colocam lenha na fogueira de Donald Rumsfeld

Membros proeminentes do Partido Democrata dos Estados Unidos insuflaram as críticas ao secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, enquanto republicanos e o Pentágono uniram-se em defesa dele e da maneira que conduziu até agora a guerra no Iraque. Além de democratas, mais três generais fizeram críticas neste domingo a Rumsfeld, mas disseram que o grupo generais da reserva que nos últimos dias pediu a renúncia do secretário de Defesa está se excedendo. Num memorando emitido na sexta-feira, revelado neste domingo pelo jornal "The New York Times", o Pentágono responde diretamente as críticas. O documento foi encaminhado a oficiais de alta patente da reserva e da ativa e a estrategistas civis.

"O secretário deveria deixar o cargo", disse o governador do Novo México, Bill Richardson, ao programa "Face the Nation", da CBS. "Além do fato de a guerra no Iraque ter sido mal conduzida, devemos ouvir o que esses generais estão falando. Eles basicamente estão dizendo que o secretário Rumsfeld, em questões relativas a estratégia militar, não os ouviu. Isso leva (a questão) a um novo nível, de eles não estar disposto a reconhecer erros, mudar um curso, uma política que não está funcionando."

Num outro programa dominical de entrevistas, o "Late Edition", da CNN, o general de brigada da reserva James Marks disse que, quando os comandantes militares, apresentaram ao Pentágono suas idéias sobre a invasão do Iraque, em 2003, "ficou óbvio que Rumsfeld e os que o rodeavam já haviam decidido como fariam as coisas".

"Ele rechaçou os pedidos dos comandantes por mais tropas", disse Marks, que, apesar disso, disse não ser apropriado que generais da reserva peçam abertamente a renúncia de Rumsfeld.

O general David Grange disse ao "Late Edition" que Rumsfeld pode ter tomado decisões que discutíveis, mas que "esta controvérsia é muito perigosa" e que não cabe aos generais da reserva "ditar quem é o secretário de Defesa".

O general da Força Aérea Don Shepperd também sustentou que "não foram enviadas forças suficientes", mas que "os críticos cruzam a linha quando pedem a renúncia de um funcionário devidamente designado por um governo devidamente eleito".

Ao programa "Face The Nation", o senador republicano George Allen, da Virgínia, disse que os críticos de Rumsfeld procuram um bode expiatório e que sua demissão não resolveria a situação do Iraque.

"Que diferença faria? Isso significaria algo para os terroristas? Muito foco num indivíduo é uma maneira de talvez criticar o presidente."

O senador democrata Christopher Dodd, de Connecticut, disse que as críticas dos generais têm que ser consideradas como um reflexo do pensamento dos oficiais da ativa - que, devido a sua posição, não podem falar abertamente contra George W. Bush ou Rumsfeld.

"Precisamos de uma nova direção no Iraque. Estamos vendo algumas questões de incompetência, somada a arrogância", disse o senador, que lembrou que a própria secretária de Estado, Condoleezza Rice, referiu-se a erros táticos no Iraque . "Isso não é exatamente manifestar apoio."

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